Nós ficamos conversando por mais um tempo e então decidimos ir embora. Já estava na hora do almoço, e eu ainda precisava preparar algo para mim. Chegamos perto da minha casa e paramos.— Então... apesar do que aconteceu, foi bom passar o tempo lá no rio. Obrigado por ir com a gente. — Will disse, estirando sua mão para um aperto. Retribui.
— Ah... eu que agradeço. Eu gostei muito de ter conhecido um pouco da história de vocês. — Eles sorriram.
— Até mais, Kaio. — Falou David. Nós apertamos nossas mãos também. — Se você quiser vir com a gente para a pousada... — Ir com eles? Até que não seria algo ruim.
— É, vem com a gente! Vai ser legal! — Will incentivou a proposta. Mas eu precisava fazer as coisas em casa.
— Obrigado, pessoal, mas eu tenho que fazer umas coisas aqui... — Eu até queria ir, e quem sabe conhecer o tal irmão do David. Hum... lá vem aquela curiosidade de novo.
— Tudo bem, então. Aparece lá mais tarde! — David disse, por fim.
— Até mais, boy! — Dessa vez foi Will que se despediu, e após isso eles saíram. Eu sorri vendo-os partir. Será que fiz novos amigos? Tomara que sim.
Ia entrando em casa quando a dona Fátima me chamou para ir na casa dela. Assim que o fiz, ela logo me fez algumas perguntas sobre os garotos e eu respondi o necessário. Depois me ofereceu almoço. Eu teria recusado se já não estivesse com fome. Trinta minutos mais tarde eu saí da casa dela e fui para a minha.
Meu relógio de pulso, daqueles pretos bem simples mesmo, marcava 12h10. Eu teria ainda que fazer comida para o Germano. Não sou empregado de ninguém, mas se eu não fizesse, não sei o que poderia acontecer. Ou talvez eu saiba, sim.
— Onde você estava? — Fui surpreendido com ele sentado numa cadeira assim que entrei.
— Eu... estava dando uma volta. — Percebi pelo seu tom que ele não estava tão bêbado. Mas havia bebido, sim.
— Uma volta? Com quem? — Como assim "com quem"? Ele nunca se importou com isso.
— Eu fui sozinho. — Não queria envolver os meninos nisso. — Como sempre.
— Mentiroso! — Ele avançou para cima de mim. Eu recuei um pouco assustado. — Me disseram que você estava no rio com dois homens!
— Quem disse? — Obviamente foi algum "companheiro de garrafa" dele. Ele não respondeu. Pelo contrário, comentou algo que me deixou chocado.
— Você estava servindo de putinha para eles, era?! Me falaram que são duas bichas! — Ele falou com ironia, senti um bafo de cachaça em meu rosto. Que porra ele estava dizendo? E como pôde falar isso? Algo subiu pelo meu corpo, um esquentamento misturado com raiva, e a minha reação foi instantânea: dei um soco no rosto dele.
— Não fale assim comigo! — Esbravejei. Mas talvez eu tenha reagido de maneira errada. Ele passou a mão no canto da boca.
— Seu moleque! — Pegou forte em meu braço, me empurrando contra parede. Estava doendo e eu já o encarava com lágrimas nos olhos. — Nunca mais faça isso! — E então levantou a outra mão, me dando um tapa em uma das faces. — Eu sou o seu pai, entendeu?! Você me deve respeito! — Fiquei calado e ele me soltou. Passei a mão no meu rosto, que estava ardendo um pouco. — Agora vá fazer algo para eu comer!
— Não... — Automaticamente o respondi. Eu ia fazer a comida antes, sim, mas agora meu orgulho falou mais alto. Ele não pode me tratar dessa forma.
— O que disse, moleque? — Ele me encarava com um olhar penetrante. Eu não iria me intimidar e, então, repeti, só que agora eu estava mais seguro:
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Meu Dono Irresistível (Romance Gay)
Любовные романыKaio tem sonhos que para ele são impossíveis de serem realizados. Em busca de sua felicidade, ele se vê preso às consequências de um fato terrível do seu passado, e toda sua vida é construída por grandes obstáculos; os problemas com o seu pai alcoól...