O que você me fez sonhar

Escola nova

Acordei no dia seguinte com a mínima vontade de me levantar, não quero ir pra escola. De repente meu irmão entra no meu quarto pulando em cima de mim.

— E ai maninha, pronta pra forca? Ele pergunta.

— Eu já não quero ir, e você ainda vem me tirar a paciência.

— Você tem paciência? Desde quando?

— Saí Benjamim. Digo empurrando ele de cima de mim.

— Tá bom parei, eu vim te dar duas notícias, uma boa e uma ruim.

— Primeiro a ruim. Digo sonolenta.

— Preciso me encontrar com a Valéria no parque, então não vou conseguir te levar pra escola.

— E como eu vou pra escola Benjamim?

— Essa é a boa notícia, pedi pro Pedro ir te levar e ele aceitou, então a notícia boa é que você não vai se perder.

— VOCÊ FEZ O QUE?

— Pedro disse que vai passar aqui as 7; 45.

— Já é 7; 00 Benjamim por que não me acordou mais cedo?

— Morgui ainda é cedo, calma, você nunca fez drama antes.

— Você tá certo — Me sento na cama — Me abraça?

Mesmo confuso ele me abraçou, quando Ben me abraçou pela primeira vez me senti acolhida, então sempre que ele me abraça me sinto segura, e nesse simples abraço eu me acalmo, por mais nervosa ou brava que eu esteja, esse abraço vai sempre me acalmar.

Estava nervosa por saber que ia ver o Pedro, mas não importa eu devo esquecer isso tudo, logo isso passa. Então Ben saiu pro tão esperado encontro, e eu fui me arrumar e tomar café, nunca fui o tipo de garota que demora pra se arrumar, então as 7; 30 eu já estava arrumada, fui tomar café, quando terminei já era 7; 44.

Me perguntava onde esse garoto tinha se metido, tenho que estar na escola até 8; 30, o tempo foi passando e ele não chegava, já eram 8; 19 Quando um carro começou a buzinar na frente de casa. Era o Pedro fui até o carro dele, abri a porta do carro e me sentei no banco da frente sem dizer uma palavra, então ele começou a dirigir.

— O que eu fiz? Perguntou ele.

— Eu não disse nada.

— Exatamente, você não disse nem um oi ainda.

— Oi. Digo em um tom irônico.

— Por que esta com raiva Morgana?

— Eu odeio atrasos.

— Atraso?

— Você se atrasou meia hora.

— Eu achei que você fosse demorar a se arrumar como a Bruna.

— Eu não sou sua namorada.

— Sei disso, a Bruna não é doce como você e nem tem seu sorriso lindo, me desculpe, prometo que não me atraso mais.

— Não precisa prometer nada.

Aquela frase não parava de se repetir na minha cabeça “Seu sorriso lindo”, por que ele disse isso? Não entendo! Ele repara no meu sorriso? Não! Ele provavelmente diz isso pra todas. Acho que ele percebeu que eu estava pensativa, ele pegou minha mão e me fez olhar nos seus olhos.

— É sério, me desculpa. Disse ele.

— Tá tudo bem. Dou um sorriso o tranquilizando.

Mesmo assim ele continuou segurando minha mão o caminho inteiro, quando ele parou o carro eu desci depressa pois estava atrasada.