Capítulo: 13

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Cinco horas depois, Alfonso gemia. Abraçada a ele no sofá, com a cabeça em seu peito, Dulce despertou com o ruído inconfudivel. Por que em vez de ficar gemendo, ele simplesmente não lhe dizia que o deixasse sozinho?
Mas notou que ele dormia profundamente, a respiração regular, ritmada. Então percebeu que os ruídos eram do estômago. Ele não estava gemendo divido a algum desconforto; era o estômago roncando de fome. Deveria acordá-lo para comer? Afinal, precisava cuidar dele adequadamente.
Ela deu-se o luxo de observá-lo um pouco mais. A barba por fazer a lembrou de um pirata. Quase perigoso, com seus traços másculos marcantes. Um pirata bastante sexy, na verdade, como aqueles das histórias de aventura que deixavam a heroína aos suspiros. Sim ele era incrivelmente bonito, cativante. Sem poder resistir, ela afagou-lhe o peito de leve.
Percebeu que o sorriso dele evidenciou-se demais para alguém que dormia de maneira tão profunda.

- Vc esta acordado.?

Os olhos dele denotaram seu contentamento em vê-la.

- Dormi por muito tempo?

Ela olhou em seu relógio de pulso.

- Por cinco horas.

Ele a puxou mais para si. Levou a outra mão á própria nuca, masssageando-a.
Afastando-se ligeramente, ela o observou.

- Seu pescoço deve estar doendo tanto quanto sua cabeça agora. Vc precisa realmente ir se deitar na cama.

Ele tornou a puxá-la para si. Não foi como imaginou a primeira vez na cama dela, mas talvez aquilo tornasse a segunda vez mais fácil. Talvez até lá sua cabeça tivesse parafo de latejar. E talvez até lá Ela lhe pedisse para usar sua cama para outro propósito que não fosse repouso por recomendação médica.
Ela afastou as cobertas, afofou os travisseiros de fronha bordada e correu a mão pelos lençóis macios que havia colocado.

- Vai se sentir bem melhor aqui. Agora seja um bom paciente e deite-se.

Ele deitou-se e pegou-a pelo pulso.

- Não vá. Fique um pouco. Nada acontecerá eu prometo. Apenas me faça companhia...por favor.

Lembrando-se da paixão desenfreada na cabine da caminhonete dele na noite de sexta e de como haviam dormido abraçados no sofá horas antes, Dulce estudou-o com ar desconfiado. Os dois juntos e nada acontecendo não parecia aolgo que coubesse na mesma frase.

- É seguro. Falo sério, não estou em condições de cobrir seu corpo de carícias. Embora eu desejasse estar...

Ela sentou-se depressa na beirada da cama. Perguntou-se se Alfonso sabia que corria igualmente perigo de ser atacado por ela. Bancou a tola uma vez... Não, não o atacaria novamente. Além do mais, não sabia se ele estava em condições de receber uma segunda investida.

- Estou bem acordado agora. Vamos conversar. - Surgeriu ele.

- Está certo. Isso parece seguro o bastante. Sobre o que podemos conversar? - Ela o observou com ar expectante.

- Vamos falar sobre vc.

- Sobre mim?

- Sim. Como vc era quando garotinha?

Ela pensou por um minuto e acabou abrindo um sorriso amplo.

- Exatamente como sou agora. Apenas menor.

- Falo sério. Como vc era.? Gostaria de saber.

- Pode-se dizer que , mesmo naquela época, eu já tinha qualidades fortes de liderança.

- Por que isso não me surpreende?

Ele pergou o porta retrato da mesinha de cabeceira.

- Está é sua familia?

Meu Irresistivél VizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora