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...
"Lembro-me do tempo,
Você primeiro segurou sua mão na minha,
Nós deixamos nossas preocupações para atrás...""Não há como descrever,
Como um momento muda.
Talvez o mundo nos definiria...
Mas nossas mãos estavam amarradas."...
♢ Narrado por Nalia
Aqueles sons....
Os mesmos peculiares cantos de pássaros que havia escutado no amanhecer dos últimos dois dias, já eram perceptivos aos meus ouvidos junto ao som de vibração do despertador de meu quase-perdido celular. Com uma involuntária e rotineira reação do meu recém despertar, levei nesta hora a mão esquerda contra o aparelho brutamente na tentativa de desliga-lo o mais rápido possível. Não continha toque musical, apenas o forte som e tremor da vibração que era o suficiente para me acordar quase todo dia.
Após desliga-lo, respirei bocejando profundamente, levando minha mão até meu rosto esfregando-o e abrindo um de meus olhos bem sonolenta. Aquele quarto mantinha-se silencioso, com ambas de minhas amigas ainda se encontrando apagadas.
Um novo dia de nossa temporada de férias havia chegado, e apesar de isso parecer soar animador em primeira leitura, o que eu sentia neste momento poderia ser resumido em apenas uma única palavra: Incômodo.
Eu estava incomodada não apenas por ter aquela luz do sol, que através da abertura da janela, parecia mirar exatamente na parte de baixo do beliche onde me encontrava. Também não era apenas por estar sentindo uma sensação de calor absurda sendo cozinhada debaixo da coberta na cama ou por ter dormido em uma posição de mal jeito onde meu braço direito havia sido sofridamente esmagado.
Em sinceridade, eu estava mais incomodada por algumas sensações que se mantiveram da noite e madrugada anterior, no qual enquanto pensava e ponderava sobre as mesmas, havia acabado adormecendo. Agora recém despertada, tudo retornava por minha mente em semelhantes percepções causando-me uma certa quantidade de preocupações, ansiedades e inseguranças que a muito tempo já eram praticamente rotineiras.
Apesar disso, ao menos um detalhe tinha certeza nesta nova manhã: Eu precisava ter a conversa que havia combinado a sós com Logan o mais urgente possível.
Depois de me forçar a sentar naquela cama de beliche quente e me livrar do cobertor que já estava à beira do insuportável, esfreguei mais uma vez meu rosto carregada de sonolência. Levantar cedo também era algo que poderia me deixar bastante incomodada. Dependendo da situação, ficava inclusive irritada, mas dessa vez existia um bom motivo para isso.
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O Tal Velho Volante
Roman d'amourEnquanto para a maioria dos alunos recém-formados o dia do Baile de formatura é sinônimo de alegria e animação, para Jonah Smelton é sinônimo de desespero. Este poderia ser o último momento perfeito para se declarar para Nalia Becker, sua amiga de c...