Olivia
"No lugar certo com a pessoa errada."
— Eu provavelmente morro antes de me formar. — Corie dramatiza pela terceira vez em meia hora.
— A gente já está no fim do curso. Praticamente, já passamos. — Continuo marcando de rosa algumas partes importantes do livro.
— Então por que diabos estamos estudando?! — Ela fecha o caderno com força, fazendo-me borrar na última palavra da frase.
— Porque precisamos, Corinne. — Revirei os olhos. — Vai, falta pouca coisa pra terminar.
Mas ela ignora e continua guardando as coisas.
— Tenho uma coisa pra te mostrar — comenta, feliz.
Corie tira da mochila uma caixinha preta. Ela abre, e dentro, há um fino anel prateado com pequenas pedras brilhantes formando uma flor.
— Não. Você não vai casar nessa idade nem que eu precise te colocar em cativeiro!
— Não, maluca — rindo, ela colocou o anel no dedo. — É apenas namoro. Ele me pediu hoje, estava esperando você chegar antes de usar. Não é lindo?
Mas o anel em seu dedo nem se comparava a felicidade de Corie. O sorriso bobo, os olhos brilhantes e as bochechas rosadas. Aquilo combinava com ela. Não o anel, o amor.
Eu parabenizei ela. Disse como estava feliz por tudo aquilo, e em seguida fomos dormir.
O sorriso no meu rosto sumiu assim que tranquei a porta do quarto. Não pude evitar a inveja, porque eu também queria algo tão concreto quanto um anel de prata.
O que Noah e eu éramos? Amigos? Amigos com benefícios? Era bom ele decidir rápido, porque eu não estava mais aguentando esperar.
Na manhã seguinte, depois de uma prova horrível, eu e Corie nos sentamos sobre uma sombra para comer doce e esquecer da negação que foi esse exame.
— Acho que vou internar o meu pai — avisei.
Corie riu, acostumada com as maluquices dele.
— O que ele fez dessa vez?
— Quer que eu vá em uma festa de fraternidade e que fique de olho na distribuição de drogas. Nada investigativo, apenas observar se acontece algo estranho, se são muitas pessoas usando, se conheço eles. Coisas do tipo — falei, desanimada.
E o pior é que o pedido nem era tão estranho assim. Era bem recorrente, na verdade, ele me usar de bode expiatório.
— Seu pai enlouqueceu?! — Corie grita e se levanta rápido, quase levando minha preciosa caixa de chocolate com ela.
— Você sabe como ele é obcecado com isso.
— Ele precisa se aposentar, sério. — Ela apoia as mãos na cintura.
— Você sabe como é importante pra ele, Corinne. — Me levanto também. — E eu não me importo, na verdade. Só vou ficar olhando por uma hora ou duas e pronto.
— Quando? — Visivelmente, ela está mais relaxada. — Eu não posso deixar você ir sozinha.
— Amanhã — suspirei enquanto guardva meu material. — Mas você não vai beber que nem uma maluca porque eu não vou ser sua babá!
— Relaxa, eu não vou beber nada — sorriu, achando que enganava alguém.
— Duvido!
Eu não estava exatamente feliz com a ideia de ir naquela festa, mas também não cogitei negar isso ao meu pai. Ele raramente me pedia algo e, sinceramente, observar alguns jovens idiotas não era muito esforço.
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Desastre Sensual (REPOSTANDO)
Romance‼️CAPÍTULOS TODOS OS DIAS‼️ Os maiores desastres são sempre os mais bonitos, não é o que dizem? Para Olivia Hampton, o desastre tem nome, um sorriso devastador e, misteriosamente, parece gostar muito dela. A estudante de psicologia não consegue acre...