Capítulo 13 - Lolita, a Escritora

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Acordar e dar de cara com o Diego ao meu lado na cama já estava se tornando um hábito. E um hábito dos melhores. Mesmo assim, fiquei um tanto embasbacada quando abri os olhos e encontrei ele ali, também acordado, sorrindo pra mim.

A manhã foi uma das melhores que já tive em muito tempo. Tomamos café juntos, arrumamos o quarto juntos e tomamos banho juntos. Fiquei me perguntando se em algum momento deixaria de ser assim, se depois que nos casássemos a magia se perderia.

Depois que nos casássemos. Ainda parecia difícil de acreditar, mas ia acontecer. Eu tinha dito sim.

Lembrar disso me deu uma vontade súbita de espalhar a minha felicidade para o mundo inteiro escutar. Diego foi embora cedo, dizendo que precisava cuidar de umas coisas, e eu fiquei em casa, me perguntando para quem eu contaria primeiro. Entre minha mãe e minhas amigas, acabei optando pelo mais difícil. Puxei o celular e digitei uma mensagem:

Meninas. Precisamos conversar.

Suellen

Iiiiih, isso nunca é coisa boa.

Lana

Aconteceu alguma coisa, Lolita?

Marina

Pelo amor de deus, não solta uma dessas a essa hora da manhã!

Que que tá pegando? Quer que eu vá aí?

Tá tudo bem, gente.

Preciso mesmo só falar com vocês.

Tenho novidades.

Marina

Espero que sejam notícias felizes.

To precisando.

Lana

Almoço amanhã, todo mundo pode?

Suellen

Amanhã é péssimo, gente, vou levar o Bê no dentista.

Acreditam que tem um dentinho dele nascendo encavalado?

Lana

Ok.

Jantar então? Vocês podem vir aqui. Eu cozinho.

Marina

Coitado do teu marido, mal casou e já tem que aguentar a gente aí invadindo.

Lana

Ele joga futebol de sexta-feira à noite, nem vai estar aqui pra reclamar.

Suellen

Beleza por mim!

Faz aquela lasanha quatro queijos, amiga, nunca te pedi nada!

Lana

Haha faço!

Tragam vinho!

Fechou, meninas!

Até amanhã!

~*~

Eu estava na livraria, comendo minha marmita num cantinho do estoque, quando meu celular vibrou com a notificação de um novo e-mail. Me empertiguei, tentando não criar expectativa, mas assim que abri, meu corpo todo se arrepiou.

Era da tal Ana Maria, a moça da editora.

Baixei o telefone, respirei fundo e contei até dez. Não crie expectativa, não crie expectativa. Quando me enganei dizendo que estava calma o suficiente, ergui de novo o celular e me pus a ler.

O Diário (nada) Secreto - vol.4Onde histórias criam vida. Descubra agora