capítulo 11

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   - Disseram que houve um atentado humano em Eryn - Pensei um pouco depois de conhecer Lucky e Adrew, não conseguia mais acreditar que meus pais tivessem sido mortos por humanos- mas já não tenho mais certeza sobre esse "atentado".
   - Lembra que te falei que era perigoso para você aqui fora? - Ele perguntou e eu assenti, me sentando - Isso é porque existem humanos que são maus, talvez, tivessem interesse em algo de suas terras, e por isso atacaram - Humanos maus? Não conseguia acreditar, não depois de ter convivido com Adrew, Lucky e Liz - Quero te mostrar algo - Ele se levantou e esticou a mão para me ajudar, notei que Lucky dormia encostado em uma árvore.
   - Lucky não vai se importar se deixarmos ele só - Perguntei apontando para ele
   - Se bem conheço Lucky, quando voltarmos ele ainda vai estar dormindo- Eu ri, do jeito que ele é ou vai estar dormindo ou terá saido por aí preocupado - Vamos? - ele estendeu a mão e eu a segurei, seguindo-o
   Caminhamos até um lago, sua água era brilhante, sentamos na grama, apenas observando aquela água
   - É belo não é? - Ele perguntou olhando a água
   - Muito! - O brilho ofuscava minha visão, não conseguia desviar o olhar daquela água
   - É o brilho da lua- Ele fez uma concha com as mãos e pegou um   pouco de água- Era mais belo ainda quando a magia era concentrada aqui - Disse e bebeu a água que estava em suas mãos
   - Magia? - Não sabia que humanos possuíam magia - Assim como a da fada rainha? - Olhei para ele agora
   - Sim - Ele pareceu triste -Tínhamos poderes, Mas eles foram arrancados de nós - Ele mexeu na água - Dizem que se bebe-la, você se purifica, além disso, ela pode curar qualquer doença ou ferida
  - Certeza que não morrerei se eu beber? - Perguntei e ele riu
  - Não garanto nada - Bebi a água, não havia nada de diferente, Adrew colocou a perna machucada no lago e quando tirou, já não haviam mais cortes, mergulhou os dois pés no lago e deitou na grama ao redor, olhando o céu e fiz o mesmo.
  - Consigo imaginar você, criança, correndo por essas árvores - Ele sorriu
  - Meu pai dizia para eu não ir longe, mas eu nunca obedecia!
  - Faz tempo? - Perguntei, Adrew era imortal, poderia ter 20, 100 ou sabe-se lá quantos anos
  - Não faz tanto, não sou tão velho assim - Ele falou rindo - Lucky é mais velho que eu - Me surpreendi, Adrew eras mais maduro que Lucky, jamais imaginaria que ele fosse o mais velho
  - Ele é seu irmão? Desde que chegará lá, não sabia ao certo o que Lucky e Adrew eram
  - Não - Ele pensou um pouco - Lucky fugiu de seu reino quando seus irmãos tentaram mata-lo, e eu o declarei meu fiel escudeiro para protege-lo – humanos maus, com poderes e agora humanos que tentam matar seus próprios parentes! Eu não conhecia aquela terra, nem por lendas, nada descrevia tão bem como é esse lugar, em Eryn temos uma visão distorcida dos humanos, talvez também podemos ter uma visão distorcida da guerra e de tudo o que houve a muitos anos atrás, fadas que conviveram com humanos sabiam, na realidade, exatamente como eles eram, então por que não nos contavam a verdade? Por que as histórias foram tão retorcidas e hoje são como são?  Eu queria descobrir, queria descobrir mais sobre essa terra desconhecida, saber mais sobre minha terra, e os seres que lá habitam, que já se tornam um pouco estranhos para mim, eu iria pesquisar e depois de juntar tudo o que eu precisava, provaria que não há problemas em fadas viverem junto com humanos...
   - Por que tentaram mata-lo? – Perguntei, precisava saber o que os levara a ser tão cruéis
   - Queriam a coroa, a cada cem anos, a coroa é passada para o filho mais velho, e Lucky era o mais velho, mas todos, até mesmo seu pai, o achava imaturo para governar, disseram que ele gastaria todo o ouro que há no Reino dele ao invés de roubar cada vez mais do pobres, sei que Lucky não roubaria, mas seus irmãos tem sede de ouro, queriam roubar cada vez mais, e sabiam que Lucky sentiria pena o suficiente para não o faze, então decidiram que mata-lo era a solução mais viável – Ganância? Tentaram mata-lo por ganância, para ver quem ficaria com um título inútil e para acabar com tudo daquele que Quase não tem? Esse era o motivo? Era inacreditável...
   - Esses são os humanos maus que você falou? – Perguntei ainda engolindo a história
   - Não, isso nem se compara com o que eles podem fazer – Ficamos em silencio, horas passaram enquanto falávamos sobre assuntos bobos, as vezes estávamos gargalhando outrora ficava um silêncio ensurdecedor – Vamos, já está tarde! – Ele se levantou e me ajudou
Fomos até Lucky que estava com uma cara engraçada olhando para nos
   - Como somem assim sem me avisar – Ele perguntou se levantando –  E se algo de ruim tivesse acontecido?
   - Relaxa Lucky, estamos bem – Adrew respondeu e Lucky revirou os olhos
   - Sei que são adolescentes, com os hormônios a flor da pele, mas tem que ter juízo, os dois – Ele disse e eu e Adrew rimos
   - Lucky, menos, não fizemos nada – Falei e ele nos olhou
   - Sei... – Falou rindo
   - Está pior que meu pai, acha que não tenho idade suficiente para me cuidar sozinho? – Adrew pergunto e Lucky pensou um pouco – É, você tem razão – Ele falou vencido e voltamos para o Castelo.

Olá gentee
Vou demorar um pouquinho para colocar novos capitulos pois estou ajustando alguns errinhos, mas prometo voltar logo
Quero muitos comentários
Até breveee!!

Além de Eryn (CONCLUIDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora