As horas se passaram rapidamente, passei o resto do dia na biblioteca, sai apenas para as refeições. Acordei cedo no outro dia, Liz ficou ansiosa com o baile e me fez experimentar o vestido novamente, me informou que as refeições seriam servidas no quarto hoje, pois a maioria dos empregados estavam de folga, não vi Adrew nem Lucky, na verdade passei o dia no quarto aos cuidados de Liz.
Meu vestido era um tom de violeta, havia, alguns detalhes em renda e um decote um tanto generoso, Liz fez uma maquiagem leve em meu rosto, apesar de eu insistir que não precisava, depois me deixou para se arrumar e fui ao encontro de Adrew e Lucky, ambos estavam de terno.
- Uau- Lucky disse ao me ver e minhas bochechas queimaram.
- Não faz isso Lucky- disse lhe dando um tapinha- eu fico envergonhada- ele riu, Adrew estava sério, apenas observava, senti todo meu corpo queimar quando seu olhar caiu sobre meu decote.
- A carruagem lhes esperas senhores- um humano alto e magro falou entrando no salão.
- Vamos logo- Lucky disse andando- não vejo a hora de encontrar as donzelas do reino de Sofi.
- Me acompanha?- Adrew me perguntou estendendo o braço.
- Claro- entrelacei meu braço ao seu e começamos a caminhar.
- Está linda- ele disse e senti minhas bochechas arderem.
- Obrigada- falei abaixando a cabeça para ele não notar a vermelhidão em meu rosto- você também está.
Fomos até a carruagem, Lucky sentou de frente para mim e Adrew, notei que haviam várias carruagens, supus que era para levar todos que moravam no Reino.
O Castelo era lindo, todo de ouro e diamante todos estavam extremamente elegantes, de ternos e vestidos dos mais diversos tipos, comidas e bebidas eram servidas o tempo todo, segui Lucky e Adrew até uma mulher loira, com um belo par de olhos azuis.
- Olá príncipe Adrew- ela disse quando nos aproximamos- seja muito bem-vindo novamente- ela se atirou em cima dele, confesso que isso me incomodou um pouco-oh Lucky! Corajoso você ter vindo, seus irmãos podem estar por aí - Lucky fechou a cara para ela, foi notório que ela atingiu um dos pontos mais fracos dele, senti uma imensa pena, mas antes de alguém falar qualquer coisa ela prosseguiu - E essa garota, quem é?- ela perguntou me analisando e olhei para Lucky, pedindo por socorro para responde-la.
- Ela apareceu perdida no reino, infelizmente perdeu parte da memória, não consegue se lembrar de onde é- Lucky respondeu por mim, a humana não pareceu acreditar na história de Lucky.
- Cuidado Adrew, deve ser mais uma dessas pobres fugitivas do Reino de Solares- falou com desdém – Carlos não consegue controlar seus pobres miseráveis nunca, deveria mata-los de vez – senti vontade de voar em sua garganta, antes que eu pudesse o fazer, Adrew respondeu.
- Não permito que fale assim Sofie, ela não é uma pobre miserável, e se fosse também, qual seria o problema? Eu não posso acolher uma pessoa em meu Reino apenas por ela ser pobre?- Adrew me defendeu e não consegui evitar um sorriso.
- Seu pai não sentiria orgulho se estivesse aqui – ela disse cerrando os dentes.
- É, mas ele não está mais aqui, e quem ficou responsável por aquele Reino, fui Eu – ele deu ênfase – se você não aceita pobres em seu Reino, eu não posso fazer nada, mas não queira interferir no meu – ele se aproximou dela – e antes de abrir a boca para falar, lembre de suas origens, que nós dois sabemos qual é muito bem – vi seu olhar congelar, ela se enfureceu quando ele falou isso, talvez, Sofie também fosse pobre no passado, e isso a revoltava – vamos para lá, viemos para nos divertir – Adrew falou levando eu e Lucky dali.
-quem é ela?- perguntei quando nos afastamos, Lucky já não estava mais conosco, tinha ido conversar com alguma garota.
-rainha desse reino, seu pai deixou tudo para ela quando morreu na guerra, e ela não se casou com ninguém... tem muita riqueza, por isso se acha tão superior- ele disse pegando uma bebida e virando a taça toda em seguida- ignore-a caso faça algum comentário.
- por que você falou sobre a origem dela? – se seu pai tinha um castelo daquele porte, ela não era pobre, então, o que Adrew quis dizer?
- Sofie não morava aqui, na verdade nem sabia que seu pai era o rei, ele teve um caso extraconjugal com a mãe dela, quando ele descobriu que sua mulher não lhe daria herdeiros, ele a matou, anos e mais anos se passaram e Sofie descobriu que o rei era seu pai, quando sua mãe fora assassinada pelos mandantes do rei, ela a procurou, exigindo que ele lhe acolhesse, por ser a única filha, quando seu pai morreu, no fim da guerra, ela ficou com tudo, mas antes disso, ela era pobre, muito pobre... – ele virou mais uma taça de vinho.
- Ela é tão hipócrita, como pode odiar tanto os pobres!? – eu senti raiva dela, raiva por negar seu passado a si mesma, tão friamente.
- Ela odiava aquela vida, e odeia quem hoje vive do mesmo jeito que ela vivera – ele sacudiu a cabeça – mas esqueça ela, quero conversar com você – ele estava sério e temi.
...Consegui publicar mais cedo!!
Agora o próximo, não sei quando conseguirei...
O baile está só no começo...
Pensem em tudo o que pode acontecer e comentem suas hipóteses...
Beijos de luz
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Além de Eryn (CONCLUIDA)
FantasyÁ muitos anos uma guerra acabou com o contato entre fadas e humanos, é então criou-se duas terras, Eryn, uma pequena parte de terra protegida por uma bolha mágica, onde vivem as fadas, e as Terras Imortais, uma terra de muita riqueza onde vivem huma...