Capítulo 23

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- Não pare – arquejei.
- Eu... – falou Adrew, rouco, apoiando a testa sobre meus seios enquanto tremia – se continuarmos, não vou conseguir parar mesmo.
Eu me sentei calmamente e minha respiração se acalmou quando tirei o vestido e joguei no chão. Totalmente nua diante de Adrew, observei quando seu olhar percorreu meus seios nus, firmes contra a noite fria, meu abdômen e, depois, entre minhas coxas. Um tipo de fome voraz e implacável tomou o rosto dele.
A força total daquele humano selvagem e irrefreável se concentrou apenas em mim – e senti a tempestade contida sob sua pele, tão capaz de arrastar para longe tudo o que eu era, mesmo no estado enfraquecido. Mas eu podia confiar nele.... e confiar em mim mesma. Eu podia atirar tudo o que eu era contra ele, e sabia que Adrew não se deteria.
- Me de tudo – sussurrei
Éramos um emaranhado de braços, pernas e dentes, e arranquei as roupas de Adrew até que estivessem no chão e depois arranhei sua pele até deixar marcas nas costas, nos braços. As mãos de Adrew foram carinhosas em meu quadril conforme ele deslizou entre minhas coxas e se “banqueteou” em mim, parando apenas depois que estremeci e me desfiz. Eu estava gemendo o nome de Adrew quando ele entrou em mim com um impulso poderoso e lento, que fez com que eu me despedaçasse ao seu redor. Nós nos movemos juntos, infinitos, selvagens, incandescentes, quando alcancei o prazer pela segunda vez, ele gemeu e o alcançou comigo.
Caí no sono nos braços de Adrew, e, quando acordei, algumas horas depois, fizemos amor de novo, preguiçosa e atentamente, num fogo queimava devagar em comparação com o incêndio descontrolado de antes. Depois que estávamos, ambos, exauridos, ofegantes e cobertos de suor, ficamos deitados em silêncio durante um tempo, e inspirei o cheiro de Adrew, fresco e terroso. Eu jamais conseguiria retratar aquilo - jamais conseguiria sentir novamente a sensação e o gosto dele, jamais conseguiria fazer isso novamente com outra pessoa.
- Eu te amo Beatrice – ele disse e beijou minha testa, não respondi, não tinha forças para nada, apenas selei nossos lábios num demorado beijo e depois deitei sobre seu peito, me concentrando na sua respiração que se acalmava lentamente.
- Quando terei que ir? – perguntei retomando o assunto que estávamos discutindo mais cedo enquanto desenhava circular imaginários em seu peito.
- Pela manhã. – desejei não ter ouvido direito, queria mais tempo com ele, muito mais tempo...
- Tem certeza que não há chances de eu poder ficar aqui? – perguntei e ele ficou em silêncio, então considerei isso como um sim.
- Eu não queria te contar isso... – ele disse depois de um tempo em silêncio – se você não voltar para Eryn, Ela vai querer atacar sua terra, Ela vai matar a todos e por fim, dominar tudo, os que ficarem vivos, serão seus escravos até o fim de suas vidas... – ele fez uma imensa pausa – e se você ficar, Ela vai vir te buscar e te matar e depois todos os humanos... – sua voz falhou – temos certeza que se ela conseguir tomar nossas terras, tentará tomar Eryn...
- Você está querendo dizer que todos dependem de mim? – perguntei incrédula.
- Parcialmente sim, dependemos que você volte, para que tudo “volte ao normal” ou não – ele disse a última parte tão baixo que tive que fazer um esforço para ouvir.
- Como assim?
- Nada, vem vamos dormir, você tem uma viagem longa amanhã – ele me puxou mais para perto e ficou acariciando meus cabelos até eu pegar no sono.
...

Além de Eryn (CONCLUIDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora