Capítulo 30

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- Bea... – uma voz ecoou em minha mente – vamos, você é forte! Acorde! – tentei abrir meus olhos mas algo pesou em cima deles.
- Eu estou com medo que ela tenho morrido – outra voz falou.
- Não digam isso – uma voz chorosa – ela ainda está viva, eu sei disso!
Ao poucos fui abrindo meus olhos.
- Lucky! – Por mais que não desejasse, minha voz saiu fraca, seguida de uma tosse, o gosto de sangue voltou a minha garganta e num impulso, virei de lado e vomitei.
- Eu e Brandon conseguimos te salvar – ele disse apontando para Brandon que estava de pé ao lado da pequena cama da cela.
- Eu sinto muita dor Lucky – me esforcei para dizer as palavras – acho que não vou aguentar – meus olhos pesavam e sentia necessidade de fecha-los novamente.
- Eu e Brandon temos um pouco de nossos poderes aqui... – ele disse colocando a mão em minha testa – vamos te ajudar ao máximo que conseguirmos... Pelo Anel! Você está queimando de febre! – foram as últimas palavras que ouvi antes de voltar para uma profunda escuridão.
Ao acordar não sentia mais tanta dor, notei que os machucados ainda estavam lá, pelo menos a maioria deles, minhas roupas estavam rasgadas, vi próximo a minha cama um vestido longo de malha fina é logo o coloquei, em um canto, havia um bandeja com um ensopado e um pão murcho, apesar de não estar nem um pouco apetitoso, meu estômago implorou para que algo caísse nele, devorei aquele prato em instantes.
- se quiser mais, ainda tenho um pão aqui – meu pai disse me observando
- Não precisa, comi o suficiente – disse sobre protestos de minha barriga que ainda queria mais alguma coisa...
- Você apanhou feio – meu pai disse – teve sorte que seus amigos conseguiram te tirar de lá antes que morresse.
- Eles não iriam me matar, Ela não permitiu – falei sincera.
- Não conte a ninguém que Lucky e Brandon estiveram aqui, se souberem, os dois morrem! – ele disse e assenti, falei que voltaria a dormir e meu pai também foi, fiquei pensando no enigma até que peguei no sono.
Uma semana, eu acho, havia se passado, eu estava sendo usada como empregada daquele lugar, humanos me lavavam para lavar banheiros imundos e limpar lugares imprevisíveis, a comida era cada vez mais precária, humanos me levavam para apanhar com mais frequência e sentia que cada vez mais eu estava prestes a morrer, Lucky havia voltado mais uma vez me visitar para curar meus machucados, aproveitei e perguntei a ele se Adrew estava enfeitiçado, mas ele me explicou que o modo de agir de Adrew era apenas Teatro, pois ele negou a minha mãe que me conhecia e se demonstrasse isso, eu seria morta, no momento fiquei triste por ele ter me negado, mas depois notei que ele fizera isso para me proteger. Minha mãe sempre fazia banquetes luxuosos a todos e fazia questão que eu estivesse lá, para vê-la com Adrew, apesar de tudo, não podia tocar em nenhuma comida e nem me direcionar a nenhuma pessoa. Eu estava deitada quando vi um homem se aproximar, como todos os guardas da masmorra ele usava uma capa e um capuz que cobria seu rosto, atrás dele, haviam outros dois e temi, quando ele entrou na minha cela me levantei.

Além de Eryn (CONCLUIDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora