Capítulo 65 - C'est la vie, França!

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BELA

      Não estou sabendo lidar com tamanha excitação ao sobrevoar Paris! Theo tinha reservado um dos jatinhos da companhia aérea da qual é sócio, portanto éramos apenas nós dois, os pilotos e duas comissárias à bordo. Bebi champanhe, pulei e dancei até uma das meninas me pedir para colocar o cinto. Theo ria comigo (ou de mim) e dizia que se eu estava animada assim antes de pousar, não podia imaginar quando estivéssemos conhecendo os pontos turísticos. Eu já tinha listado mentalmente tudo que queria conhecer.

- Parece uma criança que ganhou um brinquedo que queria muito. - Ele me diz e beija minha bochecha.

- Mais um menos isso. - Dou uma piscadela para ele e o piloto nos avisa que estamos descendo no aeroporto Charles de Gaulle. Uma hora depois estamos dentro do carro que Theo alugou, à caminho do hotel Shangri-la na famosa avenida D'lena. Nem o frio fez com que desanimasse (ou parasse de falar sobre tudo que queria conhecer ou fazer).

- Chegamos, baby. - Theo parou em frente ao belíssimo hotel com enormes grades de ferro com detalhes em ouro e colunas talhadas e prontamente o mensageiro veio nos ajudar com as malas seguido do manobrista. Atravessamos as portas duplas brancas de madeira talhada e vidro e seguimos no lobby suntuoso todo em mármore e decorado com vitrais coloridos. Uma escadaria levava aos salões de baile e restaurantes que esperava conhecer mais tarde. Seguimos em direção à recepção, que surpreendentemente era mais simples e discreta. Apenas uma mesa de mármore e um armário de madeira escura cheio do que pareciam ser relíquias valiosas. O recepcionista eficiente nos liberou em menos de cinco minutos e seguimos com o mensageiro para nosso quarto no sétimo e último andar. Quando entramos na habitação perdi completamente o fôlego.

- Bem-vindos à La Suite Shangri-la disse o concierge em um francês perfeito. Em caso de dúvidas e necessidades não hesitem em nos chamar. - Theo agradeceu, pagou pelo serviço e fechou a porta. Tive a nítida certeza que eu estava com a boca aberta, mas quando abri as portas duplas que alcançavam uma varanda privativa, fiquei ainda mais impressionada com a visão da Torre Eiffel quase em frente ao nosso quarto. A luz do final da tarde dando um ar ainda mais teatral à visão.

- E então, o que achou? - Theo me abraçou por trás e apoiei a cabeça em seu ombro.

- Só posso falar: Uau! Theo, é a coisa mais linda! Obrigada pela surpresa. - Me viro e encontro seus olhos ansiosos para ver minha reação.

- Fico feliz que tenha gostado. Queria que sua primeira vez na França fosse inesquecível.

- E você conseguiu, baby. Vai me deixar mal acostumada...

- A intenção é exatamente essa. - Seus olhos eram de desejo. - E depois me aproveitar de você. - Dou uma gargalhada e pulo em seus braços dando beijos em todo seu rosto, lábios e pescoço.

- Pois saiba que de acordo com a minha lista de lugares e coisas a fazer, mal teremos tempo de dormir.

- Darei um jeito... - Passamos um bom tempo no terraço frio admirando a vista, Theo me apontando lugares e construções famosas e contando coisas que ele fazia quando visitava o país.

      O hotel Shangri-la foi construído em 1896 para o sobrinho neto de Napoleão que se chamava Roland Bonaparte. Adjacente à praça do Trocadéro e ao Palais de Chaillot, o prédio foi totalmente reformado para se tornar o famoso hotel da rede asiática Shangri-la e inclusive três andares foram construídos para acomodar 27 novas suítes. O melhor de tudo era que ficava a apenas 600 metros da torre Eiffel e Bela estava louca para conhecer.

      Nossa suíte ficava dividida em quarto, sala com diversas poltronas e sofás e sala de jantar. O apartamento era todo acarpetado e as paredes revestidas em papel seda em tons offwhite ou crus; diversos quadros com famosos cenários franceses foram espalhados, deixando o ambiente mais aconchegante; Com 220 m² era de longe uma das maiores acomodações de Paris. Theo me disse que esse era o quarto mais concorrido do hotel, mas era fácil de entender quando se tinha uma vista espetacular como aquela onde diversos pontos turísticos eram facilmente avistados, incluindo o Rio Sena. No quarto a cama king size ficava de frente para as portas francesas que davam para o terraço. No lado esquerdo o closet e o banheiro tinham portas lado a lado e no lado direito a lareira automática deixava o clima perfeito. A sofisticação do ambiente era nítida, desde que entramos pelas portas do hotel.

Quando o Sol Nascer (Completo em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora