Capítulo 15

142 31 19
                                        

🔫 AVISO: PODEM HAVER ERROS DE DIGITAÇÃO.🔫


Paris, França. 03 de fevereiro de 2017. Oito horas da manhã.

Freya

O grande edifício à minha frente se
erguia majestosamente em seus elegantes tons de cinza e paredes envidraçadas reluzentes. O prédio era grande, e a medida que eu adentrava o local, sua dimensão se estendia. Havia ali uma enorme área a céu aberto, onde homens mexiam compulsoriamente em carros dos mais variados modelos.

Meus olhos faiscaram ao pisar no interior do prédio. Cada andar era plenamente visível do térreo, graças às paredes de vidros que constituíam a arquitetura. Em alguns, era possível visualizar carros, motos e carcaças suspensas por guindastes.

Pessoas zanzavam para lá e para cá, enquanto eu admirava cada detalhe daquele paraíso. A Alytium era enorme e majestosa. Toda a fama à ela atribuída não era atoa.

— Ei, eu conheço você! — pisquei um tanto desorientada ao ouvir uma voz fina e animada perto de mim. Uma figura esguia e loira estava em minha frente, bloqueando meu campo visual, e me encarava com um largo sorriso no rosto. — Freya, não é?

— Exatamente. — concordei. — Você é a Joanne, certo? — perguntei, sorrindo fraco, tentando soar o mais simpática possível. A figura loira sorriu mais amplamente, coisa que não achei ser possível. Me assustei ao vê-la avançar em minha direção, e me apertar em uma abraço desajeitado. Fiquei estática, pensando na melhor forma de reagir, que não fosse soar grosseira e nem antipática. Por fim, desisti, e apenas fiquei parada. Qualquer atitude que eu ousasse tomar soaria desagradável. Sinceramente, não estava acostumada a ser tratada assim. Em menos de duas semanas, já fui mais abraçada do que em toda a minha vida.

— Sim, sim! — respondeu animada. —   Que bom te encontrar! Queria tanto falar contigo. Sabe, fiquei tão curiosa a seu respeito. Fiz inúmeras perguntas a titio, porém ele não soube me responder quase nada. E agora você está aqui! Isso não é fantástico? — Joanne despejou tudo em cima de mim. Fiquei atordoada ao vê-la falando tão rápido, e gesticulando de forma frenética. Torci o nariz ao notar quem ela se parecia. A sobrinha mais nova de Roger era uma cópia mas franzina e sofisticada de Code. Que tragédia!

— Escuta — pedi a cortando, enquanto apertava a alça da mochila. — Você trabalha aqui? — questionei. Ela sorriu novamente, mediante minha pergunta.

— Sim! Sou eu quem cuida das finanças. — fiquei curiosa ao saber. Roger possuía inúmeras empresas disfarces, por que ela trabalhava logo na montadora de Damian? — Você começa hoje, não é? Damian me informou.

— Informou? — perguntei encabulada. Joanne balançou a cabeça, e ajeitou seu cabelo cor de palha, já perfeitamente alinhado.

— Claro! Vamos, ele está esperando por você. — ela disse. Não tive tempo de responder, pois a mulher se agarrou ao meu braço, e me arrastou em direção ao elevador.

Joanne não parou de falar um segundo, até o elevador parar no último andar do edifício. Ela era difícil de acompanhar. Falava demais, rápido demais. Tudo de mais. Mal ouvi metade de seus falatórios.

— Venha, Freya! — me chamou. A loira estava uns passos na frente, e resmungava por eu estar atrás.  — Eu com esses saltos enormes ando mais rápido que você, com essas botas! — ralhou, parando em uma porta. "A culpa não é minha se não sofro de hiperatividade", pensei.

LinhagemOnde histórias criam vida. Descubra agora