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Lauren

Não daria tudo que ela queria de um minuto para o outro. 

Que tipo de dominadora eu seria? Por favor. 

Posso ser gentil quando quero e preciso, mas devo manter a situação sob rédeas firmes. Não darei toda a liberdade que ela, certas vezes, chega a querer, mas quando eu acreditar que ela merece. Apenas isso e nada mais. Garanto que quando for conveniente para mim, ela me tocará e será tocada da forma como tanto fantasia. 

É assim que a nossa relação deve funcionar, minha submissa deve me dar prazer, deve me satisfazer para merecer suas recompensas. Expliquei corretamente, não estamos numa situação de igualdade. Se eu quiser algo, mando e ela deve me obedecer, mas se ela quiser algo, posso negar como bem entender. 

Aos poucos, Camila irá começar a entender por completo e aceitar, afinal, o prazer em ser dominado está nisso. Entregar todo o seu prazer, vontades e poder de decisão nas mãos da sua dominadora. Mas claro, com todos os limites bem estabelecidos e respeitados por ambas as partes. 

Os xingamentos fazem parte da humilhação e isso a excita bastante, mas seu orgulho ainda a impede de sentir muitas coisas. Não vou mentir, ela fica uma gracinha fingindo que não se importa ou que não quer saber de certas coisas, mas quero conquistá-la ainda mais para que ela se permita e viva 100% da experiência.

Quando acabamos, me certifiquei de que, tirando a pequena frustração, ela se sentia bem. Pedi para que ela tomasse um banho e avisei que sairia para resolver umas coisas, informação que a deixou com uma cara desiludida, confesso, não contive o sorriso sarcástico, ato que quase a fez soltar fumaça pelas narinas. 

Se eu de fato tinha coisas para fazer? Não, só queria deixá-la mais ansiosa e imaginando o que seria sua recompensa, mas ela não tinha que saber. Acabei indo ao shopping, comprei vestidos novos e fiz as unhas. Após o almoço e uma conversa agradável com um dos pouquíssimos professores que têm a minha rara estima, voltei para casa. 

Já passava das 16h.

Bati na porta do quarto dela e ouvi sua premissão.

- Já lanchou alguma coisa? - questionei, vendo ela deitada de bruços enquanto lia um livro.

- Ainda não. - em tom simples, disse ela.

- Trouxe pra você. - me aproximei e lhe estendi uma embalagem.

- O que é? - curiosa, Camila sentou e pegou. - Maçã do amor? - sorrindo, questionou, parecendo surpresa demais. 

- Sim, devo te incentivar a comer coisas saudáveis, mas não resisti. Imaginei que ficaria feliz. 

Os olhos castanhos se prenderam na minha face por alguns segundos, até que seus lábios voltaram a sorrir.

- E fiquei, não esperava por isso. Meu Deus, faz tanto tempo que comi isso. 

Vejo ela dando a primeira mordida, enquanto segurava firme no palito espetado. Poderia querer fazer ela sorrir e se sentir feliz, nem só de punições se vive uma sádica.

Após o banho, preparei um jantar leve, enquanto Camila assistia a algum filme. 

- Quer comer agora? - questionei. 

Gostos Peculiares - REESCREVENDOOnde histórias criam vida. Descubra agora