Gostos Peculiares - REESCREVENDO

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Camila

Para comemorar a brilhante participação de Dinah na palestra, Mani convocou todas as meninas para uma noite de bebedeira. A criatura sabia ser convincente quando queria. E mesmo que eu não estivesse no clima, prometi ir. 

Caminhávamos pelo campus na direção do pub enquanto conversávamos e ríamos sobre qualquer besteira. Não gosto e nem sei tomar álcool, mas não iria me privar da companhia delas, a qual fazia um dia péssimo ter valido a pena.  

Não passava das 21h, então ainda não estava cheio. Ocupamos uma das mesas e logo tomamos a primeira rodada de drinks sem álcool. Não demorou e Dinah chegou com Veronica e Lauren. Cumprimentos feitos. A mesa de seis lugares estava completa e uma rodada de tequila foi pedida por Veronica que não perdia a viagem.

- Camila, você está melhor? Mani contou que você passou mal na biblioteca ontem. Ela quase decidiu ir arrombar sua porta ontem. – Dinah possui um perfil feminino forte, corpo torneado, presença inconfundível e agradável de lidar, sem falar na inteligência que a fazia ser um pacote completo para minha amiga.

- Já estou inteira e pronta pra próxima. Obrigada por não deixá-la derrubar minha porta. - falei divertida. 

- Por que não me contou que passou mal? – Cinismo? Lauren até expressava preocupação facial. 

- Não foi nada demais. Já está tudo bem. – Disse a ela, que estava do outro lado da mesa. 

- E você, vadia? Por onde caceta anda que mal sabe o que acontece com alguém que mora com você? – perguntou Dinah, dando-lhe um soco no braço.

- Aii! Estava no escritório e só cheguei de madrugada. Cuidado, Normani. Dinah tem mãos bem pesadas. 

- Fica tranquila, ela só me bate quando peço. - respondeu Normani e eu só fiz rir da cara de Ally, a qual só faltava ir para de baixo da mesa. Não era frescura ou coisa do tipo, era apenas o jeito da baixinha. 

– Bem que eu desconfiei que Dinah era sádica. Nunca vi alguém pra gostar tanto de bater em mim e na Lauren.

- Para vocês, amostra grátis, garotas. – disse Dinah, depois de virar o copo de tequila e lamber o sal na mão. 

E em meio as risadas e conversas soltas, Lauren me olhava. Ergui as sobrancelhas para ela e a vi suspirar e desviar, mordendo o lábio antes de falar algo no ouvido de Dinah. 

Ally passou o braço pelos meus ombros e apoiou sua cabeça em mim, abracei ela de lado e beijei sua face. 

A noite foi se arrastando aos poucos e o bar ficando cada vez mais lotado. Normani e Dinah dançavam no meio do salão entre as várias pessoas bonitas e bêbadas. Parecia uma exibição sensual, as duas rebolavam, subiam e desciam de acordo com o tom de "The Hills" do The Weeknd. 

Estavam sendo o centro das atenções dos olhares famintos. Falo de coração quando digo que não é preciso gostar de mulheres para admitir que as duas estavam sensuais, seus olhares sacanas e mãos em locais propositais para aumentar o atrito entre ambas, a forma como dão a entender que são um perfeito encaixe só faz aumentar o clima quente. 

Lauren e Vero continuavam do outro lado da mesa. Veronica estava no colo de Lauren, a qual finalmente parecia ter esquecido minha presença. Ambas seguravam copos de whisky com gelo, Vero já estava nas últimas, eu mal conseguia entender o sentido de suas piadas.

- Merda. – xingou Vero. Seu copo havia rachado e soltado alguns cacos, cortando sua mão.

- Você precisa de um curativo urgente. – disse Lauren, já de pé.