Depressão não é frescura

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Catarina caminhou a passos tristes. Da mesma forma que vinha caminhando nos últimos meses. Sua cabeça estava tão conturbada que já não raciocinava bem. O ultimo ponto de sanidade que havia em sua mente havia partido junto com a única pessoa que conseguia mantê-la lutando. Agora já não havia mais motivos para lutar. Carregou consigo até uma arvore próxima um banco e uma corda. Lá chegando, com o auxilio do banco, amarrou a corda tão alto e firme quanto pode. Colocou-a em volta do pescoço e saltou. No ultimo segundo alguém a segurou. Ele havia voltado e a salvado novamente. O rapaz a abraçou, subiu na arvore e afrouxou o laço, tornando ele um belo balanço de corda. Ambos se beijaram e passaram a tarde se divertindo... Ou ao menos assim foi a ilusão causada pela falta de oxigênio em sua cabeça. O laço apertava forte seu pescoço e a impedia de gritar. Seu corpo estremeceu violentamente até parar. E ali ela ficou, balançando junto ao vento.

Ao menos seu ultimo sonho foi belo, pois a partida foi dolorosa.

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