Capitulo 2

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As primeiras horas no mar foram meio tensas, tive um pouco de enjoo mas estou começando a me acostumar. Resolvo tomar um banho para passar o mau estar.

Desligo o chuveiro e me seco, passo creme nas pernas, braços, tronco e rosto. Penteio meus cabelos molhados e me enrolo na toalha. Saio do banheiro e levo um susto com o que me aguarda na cabine.

Minha primeira reação? Gritar a plenos pulmões. Minha segunda reação? Admirar a vista privilegiada daquela bundinha durinha e músculosa.

O senhor bumbum se vira assustado com meu grito e acaba me dando uma visão fantástica da sua anaconda. Serio, não estou mentindo, o homem tem uma cobra no meio das pernas e isso que ela esta dormindo, acordada deve fazer um belo estrago.

Delicia!

Tento levar meus olhos para o rosto do intruso e o que vejo me agrada bastante. Alto, cabelo preto, boca carnuda e barba. Musculoso na medida certa e com um, dois, três, quatro, cinco, seis, meu Deus, seis deliciosos gominhos naquela barriguinha esculpida.

O gostosão tem uma tatuagem que cobre boa parte do seu peito, mais não tenho tempo de decifra-la porque ele limpa a garganta chamando minha atenção. Tento olhar para os seus olhos mais confesso que estou tendo dificuldade de olhar outra coisa que não seja seu corpo perfeito.

-Acho que não tinha uma mulher do prazer inclusa no pacote de viajem.

Oh my Good! Acho que gozei.

Que voz é essa? E esse sotaque vem da onde? Espera...

Mulher do prazer?

-Não entendi o que você quis dizer querido. - pergunto com a sobrancelha arqueada.

-Mulher do prazer, aquela que a gente paga pra fazer sexo.

Ele me chamau de puta? Serio isso produção? Meu temperamento entra em ação e vejo tudo vermelho na minha frente.

-Escuta aqui meu amor, você tem duas opções, se vestir agora e sair da minha cabine, ou eu mesma faço o favor de te expulsar no tapa daqui. Quem você pensa que é pra entrar no meu quarto e me chamar de puta?

O sujeito me encara de olhos arregalados e da alguns passos para traz, provavelmente temendo pela sua integridade física.

-Mas eu estou na minha cabine, perdão por ter suposto algo errado ao seu respeito, você poderia por favor, me explicar o que faz aqui?

-Essa é a M.I.N.H.A cabine querido. - faço questão de pontuar bem a palavra.

O senhor tanquinho perfeito pega um cartão em cima da cama e me estende, pego desconfiada, é um cartão chave igual ao meu, cabine 134.

-Deve ter algum engano, essa cabine é a minha. - pego meu cartão e mostro pra ele também.

-Tutto tranne questo, per favore Dio.
(tudo menos isso, por favor Deus). - o escuto sussurrar.

Fiz aulas de italiano por alguns anos, então entendo o que ele disse, mais ele não precisa saber disso por enquanto.

-O que disse? - me faço de desentendida.

-Nada. Vou ligar para os responsáveis e perguntar o que houve, com certeza eles irão resolver isso logo e poderemos ir para as cabines certas.

Confirmo com a cabeça e meus olhos caem novamente para sua anaconda. Meu Deus, que homem...

-Gosta do que vê? - pergunta cínico.

-Já vi melhores. - digo com desdem.

Mentira! Esse com certeza ganha em disparada de todos.

-Sei...

Estou praticamente salivando e pra piorar a anaconda esta acordando. O negocio esta ficando cada vez maior e eu com os olhos cada vez mais arregalados.

Ai minha nossa senhora das mulheres desesperadas, me acuda!

-É... sera que da pra você se vestir? - pergunto sem tirar os olhos da cobra.

-Não, eu estou confortável assim.

Cínico!

-Por favor?

Ele pega uma calça na mala que esta sobre a cama e veste. Mais ainda sim, seu peito continua exposto.

-Vou ligar e ver o que aconteceu.

Pego minhas roupas e volto pro banheiro para me vestir. Eu só queria paz. Juro que estou tentando ser uma boa pessoa, mais o senhor tanquinho esta tornando isso um pouco difícil. E aquele corpo? Tinha que ser tão gostoso? Preciso urgentemente de alguns orgasmos pra me controlar.

Volto para o quarto e o encontro deitado na cama com os braços debaixo da cabeça, o que faz com que seus músculos fiquem tencionados e minha calcinha ensopada. Aperto discretamente uma perna na outra e limpo a garganta para chamar sua atenção.

-E então? O que houve? - pergunto.

-Mandaram aguardar que alguem viria até aqui conversar...

Escutamos batidas na porta e eu vou atender. Um senhor alto e magro de aproximadamente sessenta anos, vestindo o uniforme do navio entra.

-Boa tarde, me chamo Robert, sou o encarregado das cabines, ligaram dizendo que houve um problema?

-Sim, eu reservei esta cabine pra mim, mas ele disse que também a reservou. Acho que deve ter havido algum engano. - explico.

Robert digita algo no tablet que esta segurando e franze a testa.

-Engano algum, aqui esta, cabine 134, senhor Leon Beluzzi e senhora Beatriz Queiroz. - ele diz mostrando os nomes no tablet.

-Senhor, nós não estamos juntos, nem nos conhecemos, deve haver algum engano. - o senhor perfeição se pronuncia.

Alias Leon, esse é o nome do deus grego que esta do meu lado.

-Sinto muito senhor Beluzzi, mais esta tudo certo no nosso sistema.

Droga, droga e droga!

Isso não pode estar acontecendo comigo. Porque Deus? Eu sou uma boa menina, sempre ajudo o próximo, não faço mal a ninguém...

-Deve ter mais cabines disponíveis então, eu fico com outra. - Leon se pronuncia.

-Receio que não, todas as cabines já estão ocupadas, por isso se deve reservar com meses de antecedência. Agora se me dão licença, preciso voltar ao trabalho. Boa tarde.

Robert se retira nos deixando a sós. Eu não posso ficar quase um mês trancada com ele aqui, eu tenho uma vida! Como vou ter minha liberdade com um homem aqui!

-Bom, já que não tem outra cabine, vamos ter que dividir.

Nunca!

-Não!

-Olha, não tem outra cabine disponível, eu também quero minha privacidade, mais não há nada que possamos fazer, então contente-se. - diz e vai para o banheiro.

Aí meu paizinho, praticamente um mês com esse pedaço de perdição dividindo o mesmo espaço que eu, isso vai dar ruim. Ah se vai...

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Um Amor Rumo á Itália |+18|Onde histórias criam vida. Descubra agora