Capitulo 3

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-Eu fico com o lado esquerdo. - Leon diz apontando pra cama.

-Nem pensar! Você vai pro sofá!

-Você já viu o tamanho daquele sofá e o meu tamanho?

Involuntariamente meus olhos caem para o meio das suas pernas onde vive a anaconda.

E como eu vi!

-Se vira, a cama é minha! - afirmo sem pensar duas vezes.

-Beatriz assim não da. Estamos presos na mesma cabine por vinte e dois dias, pretendo fazer desta, uma viajem agradável, apesar da situação, então sera que da pra você colaborar?

Respiro fundo para controlar meu temperamento. Nada disso é culpa dele, então porque estou tão agressiva em relação ao coitado? Isso que da ficar sem sexo por tanto tempo. Eu preciso transar.

-Tudo bem, pode ficar com o lado esquerdo. - pego algumas almofadas e faço uma barreira no meio da cama. - Mais cada um pro seu lado.

-Que seja. - ele diz se deitando.

Minha barriga começa a roncar e me lembro que com toda a confusão, não comi nada desde que acordei. Pego o telefone e ligo para cozinha do navio.

-Em que posso ajudar? - uma mulher pergunta do outro lado da linha.

-Um hamburguer, batatas fritas, um pedaço de bolo de chocolate e coca-cola.

-Cabine por favor?

-134.

-Tudo bem, já alguém vai levar.

-Obrigada.

Coloco o telefone de novo na mesinha e vou para a salinha que tem do lado do quarto. Ligo a TV e procuro por algum filme interessante. Vinte minutos depois batem na porta, abro e vejo minha tão sonhada comida. Volto pra salinha e dou uma mordida gigante no meu hamburguer.

-Como alguém do seu tamanho pode comer tanto? Você vai ficar gorda com tudo isso.

Meu prazer alimentício é interrompido pela voz molha calcinha do Leon.

-Eu gosto de três coisas, transar, comer e desenhar. Não estou nem ai pro que pensão ou deixão de pensar sobre mim. Minha vida, meu corpo, minha comida. Ta encomodado? A porta fica logo ali.

-Eiiii calma, não precisa de toda essa ignorância. Eu gosto de mulheres que comem mais do que uma folha de alface por dia. - ele fala com as mãos levantadas em sinal de rendição.

-Não lembro de ter pedido sua opinião. - dou outra mordida no meu lanche e praticamente tenho um orgasmo com o gosto dessa maravilha gordurosa.

-Sempre soube que as brasileiras eram esquentadinhas, mais você esta ganhando de longe de todas que conheci.

-Recuso imitações. - falo com a boca cheia.

Leon resolve se calar e finalmente posso comer em silencio. Uma mordia após a outra, acabo com toda comida. Me sinto mais calma e relaxada. Olho para o lado e o vejo me encarando.

-O que foi?

-Você, esta com uma... - ele passa o dedo no canto da minha boca tirando uma manchinha de cat chup.

Meu corpo todo se arrepia com esse pequeno contato. Eu já disse que preciso transar? Essa tensão toda esta acabando comigo, não posso transar com ele, tendo que dividir o mesmo quarto.

Pego, mais não me apego!

Esse é o meu lema e sempre vai ser. Homem pra mim é uma vez só, nada de ficar repetindo a dose, muito menos dormir junto de conchinha. Só de pensar já me da cosseira no corpo todo.

Ja que estou presa aqui com ele e não posso transar com o senhor delicia, só me resta aliviar essa tensão sozinha.

-Preciso de um banho.

-Outro?

-Vai querer controlar quantos banhos eu tomo agora? - pergunto com a sobrancelha arqueada.

-Não, me desculpe. - levanta as mãos em rendição novamente.

Saio da sala, pego meu tesouro e vou para o banheiro. Abro minha frasqueira revelando meus brinquedinhos, consolos e vibradores, bolinhas tailandesas entre muitos outros. Escolho um consolo grande e cabeçudo, ligo o chuveiro para disfarçar algum barulho.

Tiro a roupa e me sento na tampa do vaso, abro bem as pernas e começo a me tocar, lembro daquela bundinha músculosa e aperto meus seios, daquela anaconda no meio da suas pernas e toco meu clitóris.

Vou me estimulando imaginado aquela boca carnuda me chupando, aquelas mãos grandes me apertando e solto um gemido involuntário. Imagino aquela barba arranhando meu clitóris e o interior das minhas coxas...

Fixo o consolo na tampa do vaso e sento naquele pau cabeçudo de borracha. Rebolo imaginando que é a sua anaconda me comendo, gemo enlouquecida de tesão.

-Beatriz? Esta tudo bem aí? Escutei um barulho. - o infeliz bate na porta me assustando.

-Si... sim.

-Tem certeza?

Sua voz me deixa molhadinha, esfrego meu clitóris e rebolo com mais força.

-Te... tenho. - respondo meio ofegante.

-Tudo bem. - escuto seus passos se afastando bem na hora que um orgasmo me atinge em cheio.

Continuo imóvel por alguns instantes até minha respiração voltar ao normal. Me levanto tirando o consolo da tampa do vaso, lavo e guardo meu brinquedinho. Tomo um banho quentinho e relaxante, deixo a agua cair no meu rosto levando toda tensão acumulada durante o dia, pelo ralo.

Desligo o chuveiro, me seco, passo meu hidratante e depois me visto com um pijama confortável, uma regata e um shortinho de seda azul.

Da para contar nos dedos as vezes que já dormi na mesma cama que um homem. Geralmente depois da transa, cada um vai para sua casa. Não gosto de dormir com nenhum porque, acho isso algo muito pessoal e eles acabam confundindo as coisas depois. Sempre deixei bem claro, um encontro é tudo que terão de mim.

Agora imaginem comigo o pesadelo que não esta sendo, saber que terei que dormir com um homem por vinte e dois dias, para acabar de ferrar com tudo, o dito cujo é um pedaço de perdição completo.

Respiro fundo e saio do banheiro, vou direto pra cama. Leon já esta deitado e pelo que consigo enxergar na penumbra, esta sem camisa. Deito com todo cuidado do mundo para não fazer barulho. Me ajeito na cama e fecho os olhos, quando estou pegando no sono escuto aquela voz rouca sussurrar na escuridão da cabine.

-Buona notte.
(Boa noite).

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Meus amores, me ajudem a divulgar!!!
Beijokinhas no ❤.

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