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Bex






Levei Jennifer para o meu quarto afinal vi o quanto ela ficou desconfortável em ficar frente a frente com Lana, e eu sabia que algo mais tinha acontecido pois ela estava estranha, estava diferente das outras vezes, ela parecia acoada, e assim que fechei a porta do quarto ela começou a andar de um lado para o outro e eu apenas me sentei na cama e fiquei observando ela, ela estava bem nervosa.

- Ei vai durar meu chão assim loirinha

- Desculpa - Ela falou e se sentou em uma cadeira de frente para mim e levou seu rosto a suas mãos e respirou fundo. - Porque as coisas tem que ser assim?

- O que ouve ?

- Sabe quando você tranca algo no seu passado e de repente ele volta pra te assombrar ? - Ela falou e eu franzi a testa tentando entender do que ela estava falando.

- Alguma ex?

- Antes fosse.

- Jen se quiser se abrir estou aqui para te ouvir como amiga, e nada do que me falar aqui, vai sair daqui fica só entre nós querida.

- Não sei se posso.

- As vezes colocar as coisas para fora ajuda querida - Falei olhando para ela, e ela bufou novamente deixando seus ombros mais caídos e vi uma tristeza profunda nos olhos delas e quando ela suspirou novamente vi algumas lágrimas cairem, então me levantei e me sentei perto dela é segurei suas mãos. - Ei se não quiser falar está tudo bem também.

- O Fred, ela não é quem parece, ninguém sabe o que eu sei sobre ele - Ela falou com uma voz um pouco chorosa. - Hoje vim para cá,porque ele estava plantado na porta do meu apartamento.

- Ele é incoveniente né querida.

- Bex - Ela falou respirando fundo e fechando os olhos por alguns segundos. - Ele é muito pior do que todos pensam, ele é doente. - Eu estava começando a ficar preocupada.

- Querida quer se abrir ?

- Eu preciso, eu não quero, mas vou acabar ficando louca Bex.

- Confia em mim, pode falar.

- Ele sempre ficou comigo desde pequena, minha mãe achava que era melhor me deixar com meu tio do que com um estranho, afinal as coisas eram complicadas e ela tinha medo de alguém me ferir de alguma forma, mal sabe ela que o perigo se escondia ali em casa, e que nosso próprio sangue era perigoso. - Engoli em seco ao ver o jeito que ela falava dele e ao notar o quanto suas mãos ficaram geladas, eu já pressumia o que ela falaria dali para frente. - Ele era o tio estranho, aquele tio que você sempre pega olhando para você, aquele tio que demora demais no abraço, o tio que não gostava quando falava de namoradinhos, ele sempre foi assim em casa, até que minha mãe começou a me deixar na casa dele, e lá ele me dava banho e me punha para dormir, e e início era só um incômodo mas logo as coisas foram ficando estranhas, nos banhos ele me acariciava os seios na hora de dormir ficava alisando meu corpo e eu me sentia incomodada,e ele sempre dizia que era assim que ele gostava de mim.

-Jen se não quiser falar tudo bem - falei pois já sabia o que tinha acontecido.

- Eu preciso

- Estou aqui então - continuei segurando a mão dela.

-Sempre assim, mas teve um dia que eu cheguei mais cedo, e minha mãe me deixou na porta pediu para que eu entrasse pois ela estava com pressa eu fiz isso, e fui procurar ele pela casa e ouvi uma gemidos estranhos e quando encontrei meu tio ele estava se tocando olhando um vídeo de um aniversário meu, com o susto que levei quebrei algo que não me lembro o que era, talvez fosse um vaso, e então ele me viu, ele se levantou daquela cadeira enorme e me pegou pelo braço e me sentou de frente para ele, eu estava tão assustada, e naquele dia tudo que eu já achava ruim só piorou, aquele dia foi a primeira vez que ele de fato abusou de mim e isso aconteceu por anos até eu resolver sair de casa, e desde então eu mantenho o mínimo de contato com ele, mas hoje ele me mandou mensagens, aquele dia que vocês foram tirar as fotos e ele estava lá ele me disse coisas que me incomodar ,disse que o interessante agora é que já sou uma mulher, e droga eu tenho medo dele.- eu estava chocada a minha reação foi me levantar e puxar Jennifer para um abraço, e assim que o fiz a loira caiu no choro imediatamente, e eu fiquei ali afagando os cabelos dela até que ela se acalmasse.

morilaOnde histórias criam vida. Descubra agora