Capítulo 5

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Acordei com um barulho de corneta, que vinha de uma caixinha de som no teto da cabana.

"Bom dia campistas! Hoje é o primeiro dia de aula do acampamento." Falou a voz de um garoto. "Vou anunciar as salas que cada cabana deverá ir".
Ele parecia estar mexendo em papéis. "Ciências, sala 4. Matemática, sala 2. Química, sala 9...

Parei de ouvir pois química era a nossa aula.

Bia já estava arrumada, vestia o uniforme do acampamento APHE. Era a mesma roupa que Kety e eu vestiamos. Uma camisa polo roxa e um shorts jeans com o emblema do acampamento.

—Ficou bom?

—Ta linda. — Kety respondeu.

—E você Minna, o que acha?

—Eu gostei, mas acho que ficaria melhor se colocasse uma parte da camiseta dentro do short. — falei, como se entendesse tudo de moda.

Bia fez de acordo com que eu falara, e, de verdade, ficou bem melhor.
Olha eu tenho talento.

—Você tinha razão, obrigada.

Fiz cara prestigiada, colocando a mao sobre o tórax e curvando o lábio.

—Prontas? — Ketllyn ajeitou seus lindos cachos para o outro lado.

—Prontas. — Bia e eu respondemos em coro.

Saimos da cabana e fomos para o outro lado do acampamento, onde haviam mais cabanas, só que maiores. Eram como hotéis, mas os quartos eram salas.
Nós andávamos juntas. Eu estava no meio, o que me deixava um pouco desconfortável, não gosto de ser o centro das atenções.
Kety ia mexendo no celular e sorrindo ao mesmo tempo.

—Concordo com ele. — Bia disse do nada. Eu concluíra rapidamente que ela lera a conversa de Kety com a "telepatia" dela. — Você fica mais bonita natural, a maquiagem só piora a sua cara feia.

Kety lançou um olhar ameaçador para Bia.

—A sua cara é muito pior.

Xingamentos era o jeito que, aparentemente, demonstravamos a amizade nova.

—Quem é? — perguntei confusa, me referindo a pessoa com quem Ketllyn estava conversando.

—Leonardo Fabrucci.

—Namorado dela. — completou Bianca.

Kety lançou outro olhar ameaçador para Bia. Ela guardou o celular no bolso e ficou invisível.
Bia começou a rir e se contorcer de leve, como se estivesse recebendo cosquinhas imaginárias, e estava.

—Sua vez! — Falou a voz de Kety em minha direção.

Comecei a rir quando senti os dedos delicados de Kety me fazendo muitas cosquinhas na barriga.

—Para Ketllyn! — Eu disse enquanto não parava de rir.

Notei que Bia ria da minha risada estranha, eu ria parecendo um cabrito.

—Senhoritas...

Kety parou de me fazer cosquinhas e voltou a ficar visível. Uma mulher bem vestida, com um terninho muito chique, parou na nossa frente.
Nos três nos indireitamos, ainda segurando um pouco a risada.

—Vocês não tem aula?

—Sim... — Bia respondeu nervosa.

—Então vão!

Nós seguimos para a sala, que estava muito perto. Quando nós nos olhamos, soltamos uma gargalhada bem alta.

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Acampamento De Magia [Livro 1] Onde histórias criam vida. Descubra agora