Júlia
- você mentiu- foi a primeira vez que vi Alan chorar. Se eu não tivesse tão concentrada no chão, acho que eu choraria junto com ele.
- Era só sexo Alan - menti. Já até perdi as contas de quantas vezes tive que menti, pra fazer essa "Brincadeira" continuar secreta. Alan não deveria se apaixonar o Peter também não e, muito menos eu.
Alan me olha como se eu fosse um monstro de estimação, ele que deixar eu ir mas, ao mesmo tempo quer provar que estou errada.
- nunca foi e você sabe disso! - ele fala com o tom de voz alta, me assusto um pouco e dou um passo para trás. O sol que entra pela janela do seu quarto e ilumina seu rosto. Lindo. Foi a coisa que pensei desde o primeiro dia que o vi.
Alan me intriga até hoje. diferente dos negros que conheci ele tem um brilho algo como um casca que ameaça vir ao chão. Seus olhos são tão claros quanto o dia, minha perna fica bamba e um calor sobe em mim. Não agora.
Fico calada ouvindo o choro baixo dele. Queria poder segurar sua mão e dizer que era mentira mas, não preciso. Alan só quer me confronta.
- nunca começou no amor, não podemos agora começar nele me desculpa? - percebo que meu rosto está úmido e minhas palavras sai atrapalhadas. Alan se aproxima de mim.
- fica por favor! - ele implora para mim com vergonha. Queria o Peter aqui, ele ia saber dar ao Alan o que ele precisa.
- não posso - e era verdade antes do Alan antes disso tudo, assinamos o contrato caso passássemos não poderíamos voltar atrás. Me arrependo amargamente.
- fica por favor?- ele faz a mesma pergunta só que dessa vez olhando fundo dos meus olhos. Alan tira a blusa e eu imediatamente arregalo os olhos. O que ele vai fazer?
- fica por favor? - dessa vez é o short dele que vão abaixo e elevo a mão a minha boca. Meu corpo treme reagindo a seminudes dele. Já explorei cada detalhe de sua pele e meu corpo quer de novo. Meu coração acelera e minha respiração fica descontrolada. Não posso ficar.
- eu te amo - e sua cueca veio abaixo. Alan me olhava estranho enquanto se aproximava de mim. Eu precisava fugir mais meu corpo não me respondia mais. Ver a nudes dele me fez perceber algo que eu tentava ao máximo evitar.
-Tire a roupa e me deseja - foi uma ordem. Sua voz saia neutra e grossa.
- na cama vou fazer você se sentir a única. Deixei um gemido escapar. Meu corpo tremia e minha vagina pulsava de desejo - mas é só um jogo é a única regra é não se apaixonar. - agora entendi aonde ele queria chegar, nossas vidas passadas em apenas algumas palavras. Deus que me perdoe pelo que eu tô prestes a fazer.-por que a consequência é ter o coração perdido. - não sei como consegui mas minha boca estava colada com a de Alan e minhas roupas desaparecerem.
Nossos corpos estavam elétricos ele segurava com força e sugava cada parte dos meus lábios.
- me quebre e me refaça, nunca foi mentira. - parecia que eu apertei um botão de ligar pois a mão de Alan no meu corpo acelerou dramaticamente. Ele me jogou na cama do seu quarto e subiu em cima de mim. Nossos olhos se encontraram e o castanho estava meio vermelho. Tão lindo' sussurrei.
Alan dormia camalmente ao meu lado e um sorriso saiu dos meus lábios mas, logo a tristeza me dominou. Vou ter que deixar você. Eu sei que ele vai sofrer. Assim como eu vou. Não tem volta, na verdade nunca ouve. Olhando para vendo seu peito nu subi e descer enquanto ele respirava, me trouxe algumas memórias antigas de volta.
Me lembrei quando eu e Peter demos o nosso primeiro beijo e minha mãe nos pegou. Ah, lembrar dela me trouxe mais tristeza ainda, meu pai fez de tudo pra matar essa ausência mas, como se mata algo de que você precisa para sobreviver? Sim, ela nos deixou e um buraco enorme se formou. Acho que foi por isso que me aproximei do Peter. Ele se mudou para cá nessa cidade, para estudar, meu pai ficou responsável de cuidar dele.
Os pais de Peter não tinha dinheiro pra cuidar de outro filho e doaram ele para gente, foi o melhor presente que já ganhei.
Vivíamos juntos, até que um dia comecei a repara ele com outros olhos. O menino loiro surrado deu lugar para um homem de olhos azuis cheio dos músculos definidos. Lindo. O sonho de Peter era estudar no exterior, ser melhor do que os pais dele foram. Então disse pra ele do concurso que todo ano ocorria em nosso colégio.
Dois do EUA vinha estudar aqui e dois daqui iam para lá. Sonho dele que mais para frente foi se tornando meu também. Uma parte para agradar ele, Estados Unidos não é novidade para mim.
Aí chegou o Alan em nossas vidas e tudo mudou. Aquele garoto assustado pronto pra rebater cada preconceito que o mundo pudesse mandar. Olhos castanhos, nunca vi nada tão claro quantos os olhos deles. A pele dele lembrava Pudim. Morena escura dependendo de quem fez.
Peter também se apaixonou logo por ele e foi uma surpresa para mim constatar isso, ele geralmente se interessava por alguém. Começamos com um trabalho dado pela professora, que não foi com a cara dele. E tudo se transformou no que era hoje.
Agora eu entendo, o amor, as vezes, era assim você precisava ir mesmo sabendo que é, a pessoa que você mais ama que, está ficando para trás.
- Eu te amo, Alan - sussurrei perto do seu ouvido para que minhas palavras invadisse seus sonhos - mas não posso ficar.
Uma lágrima caiu do meu rosto " eu te amo, eu te amo, eu te amo.
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sexo a três : a necessidade de amar
AléatoirePreconceitos, amizade e muito sexo é só o aperitivo de sexo a três. Porque o prato principal é o amor. Alan o menino negro que se vê perdidamente apaixonado por julia e Peter, os mais gatos do colégio. Enquanto Alan precisa se manter forte pra poder...