15 - Irresistible

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America

Depois que descemos do Cristo Redentor, Pedro e Giovana se despediram e eu e Maxon pegamos um táxi até o nosso hotel.

− Podemos descer aqui? – Perguntei a Maxon. Estávamos parados no sinal passando pela Lagoa Rodrigo de Freitas. – Eu queria dar uma volta na Lagoa.

− Tudo bem, o hotel tá pertinho, podemos voltar andando daqui. – Ele pagou o táxi e descemos.

− Eu sempre vi esse cenário nas novelas, é tão mais maravilhoso de perto! – Eu disse me aproximando sentindo o vento na pele. O momento de quase pôr do sol estava muito agradável.

− Já que estamos aqui, tem duas coisas que não podemos deixar de fazer. Andar de bicicleta, e tomar sorvete. – Olhei de lado pra ele.

− Não vamos nos atrasar?

− Levemente, mas a culpa vai ter sido sua.

− Maxon! – O repreendi quando ele pegou minha mão e me puxou chegando perto do aluguel das bicicletas.

− Vamos querer duas.

− Pra casal tem promoção, a da moça sai pela metade do preço. – Olhei pra Maxon e quase saiu um “não somos um casal” no automático, mas ele me puxou pra perto e pôs o braço por cima do meu ombro.

− Que ótimo. – Ele disse e me deu um beijo na testa. Sorri para o moço pra completar o teatro e ele foi preparar nossas bicicletas. Maxon olhou pra mim com uma expressão de criança que acabou de aprontar, e eu desviei o olhar pra não começar a rir.

− Obrigado por não ter desmentido, minha namorada. – Ele disse quando começamos a pedalar juntos e nos afastamos um pouco.

− Você me paga, meu namorado! – Acelerei me afastando e desafiando Maxon, que me deu alguns segundos de vantagem antes de acelerar também e vir atrás de mim.

Foi um passeio maravilhoso. O entardecer carioca deu um ar mágico a tudo, e eu me senti em outro mundo. A atmosfera ao nosso redor era a mesma do dia em que fotografamos na praia em Recife. Aquele Maxon que estava ali se sentia livre e feliz, e seu sorriso era tão verdadeiro e lindo, que eu só queria que ele se desfizesse se fosse pra os seus lábios tocarem os meus. Era daquele Maxon que eu gostava. Era a ele que eu queria pertencer.

Durante a nossa “corrida” Maxon me passou em algum ponto, mas quando estávamos quase chegando, ele deixou eu passar à frente. Parei e desci da bicicleta e esperei alguns segundos antes dele parar ao meu lado.

− Não valeu, Maxon, você me deixou ganhar!

− Claro, eu não quero você brava.

− Não tem como ficar brava depois de um dia como hoje. – Ele olhou pra mim e sorriu. O moço chegou perto e recolheu as bicicletas.

− Agora eu vou querer mesmo tomar o sorvete, você me deixou com vontade. – Disse enquanto caminhávamos.

− Eu vou comprar, você quer de que?

− Morango!

− Por que é que eu ainda pergunto? – Ele se afastou rindo. Fui até a beira da lagoa e sentei esperando por ele.

Maxon terminou seu sorvete primeiro, e não perdeu a oportunidade de tirar algumas fotos naquele visual incrível.

− Amei sua cara nessa aqui. – Ele me mostrou uma foto onde eu estava com a boca lambuzada de sorvete o olhando feio por estar me clicando.

− Você é terrível, já é a trigésima nona coisa pela qual você vai me pagar, só hoje. Vou ter até que anotar pra não esquecer. – Ele riu e voltou a passar as fotos. Apoiei a cabeça no seu ombro enquanto víamos tudo.

Idas e Vindas - Primeira TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora