XVIII

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Tudo aconteceu tão rápido mas na minha cabeça tudo não passava de um perfeito câmera lenta.

O barulho dos motores dos carros estávamos ranger e Shawn descia desesperado para mim.

Os carros tomam a minha frente abrindo as janelas e lançando pequenos objetos no qual o impacto teria o som metálico.

Feriava minha bicicleta e encarava os pequenos objetos.

-Brooke corre!-a voz de Shawn saia num câmera lenta onde ele fazia gestos com sua mão para que viesse até ele.

Meu campo de visão teria se transformado em um grande céu vermelho e amarelo de fogo.Meu corpo era empurrado fortemente do impacto e ao meu corpo atingir o chão tudo o que podia escutar era um bip eterno.

Podia ouvi-los freando seus automóveis e saltando dos mesmos.O som dos saltos dos sapatos atingindo o asfalto dizia que eles estavam se aproximando para me pegar e finalmente desisti.

Minha visão foi tomada por uma luz branca que embaraçava minha vista.O bip ainda não tivera parado até tomar conta de que estava deitada na grama do Central Park,o lugar onde havia passado minhas férias quando tinha 7 anos.

-Porque está deitada na grama?- a voz suave e delicada de Shawn nunca fora tão gostosa de ouvir.

Ele estava sentado a cima de uma toalha amarela de piquenique do lado de uma cesta.Ao olhar meu estado reparava que estava com uma barriga imensa de...grávida?Eu o olhava confusa.

-Já ligou pra Summer?-ele perguntava e não entendia.

-Urg-g,não entendi-i.-gaguejava

-Ligou pra Summer?Sua filha,Brooke James,Deus como está desligada hoje.-ele ria mordiscando uma uva e meu coração gelava,filha?Que história essa?

-E quem é o pai?-a pergunta escapuliu da minha mente a minha boca e Shawn arqueava a sobrancelha e chegava mais perto de mim.

-Amor,você está bem?-ele segura meu rosto em suas mãos.-Como assim quem é o pai?Andou bebendo de novo?-ele pergunta e sinto um enorme sentimento ruim em mim.De novo?-Sou eu,querida.-Ele tirava sua carteira do bolso e abria a mesma colocando em minhas mãos

-Está é a Summer,nossa filha mais velha...de 13 anos.-ele apontava a linda menina de cabelos castanhos e olhos verdes cinzas.-Está é a Emma,ela tem 8 anos.-ele apontava a garota idêntica à mim na minha infância.-E este vai ser o Tyler.-ele coloca a mão em cima de minha barriga e meu coração gela a todas aquelas informações.

-Olha elas chegaram.-ele dizia com um enorme sorriso no rosto e apontava para as duas meninas no final do parque sendo trazidas por uma senhora.Elas corriam até mim.

-Mamãe!Mamãe!Você não vai acreditar no que aconteceu hoje!-A mais velha exclamava ao se jogar no meu colo.

-Não!-a mais nova resmungava se juntando a nós também.-Você não vai acreditar no que aconteceu hoje...comigo!-ela exclamava a cara de Ashley mostrando a língua.

-Ei!Ei!Ei!E o pai também não pode contar no que aconteceu hoje?-ele perguntava fazendo cara de triste ao pegar uma das meninas e entreter a mesma.
                                         ...

O barulho de bip profundo voltara a soar sobre meus ouvidos e não estava mais a aguentar aquele som.Tento esticar meus braços mas algo me impede,a linda vista do Central Park se desfaz e acordo lentamente em Banker sujo numa cama de hospital com minhas roupas antigas,conectada a alguns aparelhos médicos.

Percebo que estou algemada a cama.Tento tirar mas não consigo,meu pulso começa a marcar a tentativa falha de tirar as algemas.

Ouço passos vindo até o banker e fico assustada.A porta grande e pesada se abre revelando o rosto de um garoto de aparentemente 20 anos,ele me encara com um sorriso maléfico que faz meu coração e minha barriga gelarem.

-Bom dia,flor.-ele se dirigia a mim carregando a mesma expressão e verificava os monitores.-Vou avisar pro chefe que está viva...-ele pega
um pager dentro de seu bolso e enquanto digitava os códigos podia ver a chave pendurada em sua cintura.

-Me deixe ir...-murmurei e sua atenção voltou a mim.

-Desculpe,querida...-ele se aproxima deixando nossos rostos próximos demais,não gosto disso.-Sabe que se eu pudesse realizava seu pedido.-ele pronuncia com sua boca multímetros da minha orelha.

Eu pegava a chave enquanto o distraia.

Virei meu rosto rapidamente.

-Porém...-ele pronuncia se afastando e se dirigindo à porta.-Tenho coisas melhores pra fazer do que dar atenção a prostitutas.-ele ri altamente fechando a porta.

-Imbecil...-murmuro rindo maleficamente.

Destranco minha algema deixando minha mão livre,minha outra mão palpa as manchas roxas que apareceram no outro pulso e me pergunto o que tivera acontecido.E principalmente onde estava Shawn.

Estava com as mesmas roupas mas com um frio imenso percorrendo sobre meus braços.Uma jaqueta marrom clara horrorosa pendurada numa cadeira me chama a atenção.Pego a mesma colocando e saindo do banker.Do lado de fora...ninguém.

Olho entre as janelinhas das portas à procura de Shawn e o assobio mais doce nunca foi tão gostoso de ouvir a próxima porta.

Olho a janelinha e lá está ele no canto do quarto escuro e sujo,imagino que deve estar com frio.

Destranco a porta revelando meu rosto e o vejo deitado em cima da cama a olhar pro teto.

-Não irei te contar nada.-ele diz e provavelmente supõe que fosse um deles.

-Que bom.-sorri e sua atenção volta a mim 100% e um sorriso imenso se forma no rosto dele,ele se aproxima de mim e percebo suas afeições machucadas.

Manchas roxas por todo o corpo e alguns lugares até sangrava.

-O que fizeram c-com você?-minha voz fraquejava ao vê-lo tão machucado,palpava suas afeições e meus olhos se enchiam de água ao saber que tudo aquilo foi causado por mim.

Run // Shawn MendesOnde histórias criam vida. Descubra agora