Alana
Tomo banho lentamente aproveito a água quentinha escorrendo sobre meu corpo.
Visto meu roupão, e saio do banheiro. De repente começo a ver tudo á minha volta parecer girar, minha barriga começa a doer pra caramba, é igual as constantes contrações que venho tendo durante minha gravidez só que pior, bem pior e mil vezes triplicada.
As lágrimas vieram nos olhos, eu não tinha reação, minha única ação foi gritar por ajuda.
- Alguém me ajuda! - gritei e não obtive resposta.
Passando alguns dois minutos ou sei lá, Murilo entrou no quarto desesperado.
- O que foi Alana? Por que tu gritou?
- Me ajuda Murilo, eu estou sentindo muita dor. Dói muito. - choraminguei.
- Acho que você vai parir. - falou nervoso.
- Chama sua mãe então, o que eu faço?
- Ela saiu,foi para o mercado.
- E agora caralho?
- Não sei, sei lá. - deu voltas ao redor do quarto . - Veste uma roupa que eu vou te levar pra um hospital.
- Liga pra minha sogra Mu. - falei morrendo de dor.
A cada minuto as contrações pareciam piorar, eu sentia um enorme peso em minha barriga. E nem estava na hora do bebê nascer conforme a data prevista da médica.
- Ela não levou o celular mano! - falou alterado. - Cara eu tô nervoso, se veste e vamos pro hospital.
- Tá bom.
Eu não tinha condições nem de me levantar pra procurar uma roupa decente, então Murilo pegou um dos meus vestidos folgados e me ajudou a pôr. Calcei um chinelo, e ele pegou as bolsas que eu já havia deixado prontas para esse dia.
Não sei se o bebê realmente irá nascer ahora, eu sou muito inexperiente nessas coisas mas só sei que estou morrendo de dor.
- Vamos descer as escadas lentamente. - Murilo falou.
A cada passo que eu dava parecia que eu iria morrer. Andamos até que chegamos no carro, Murilo me colocou no banco de trás e acelerou o carro.
Juro pra vocês, eu estava gritando de dor. Se eu imaginasse que ia sofrer tanto não tinha dado para Willian, Deus me free.
- Respira fundo Alana, vai respirando e inspirando.
Fiz o que Murilo mandou e a dor parecia aliviar por uns míseros segundos, me assustei ao ver um líquido semelhante a água descer por minhas pernas,suponho que a bolsa tenha estourado, suponho não, é óbvio né que tola eu sou.
- Murilo. - falei nervosa.
- O quê?
- A bolsa estourou, e agora? Eu acho que vou ter filho aqui.
- Ah meu Jesus protetor dos bandidos em apuros. Segura esse bebê aí eu não sou parteiro.
Quando ele falou essas tolices, mesmo nessa situação me deu uma puta vontade de rir. My godd.
Eu já não estava aguentando mais, depois que essa bendita bolsa estourou parecia que a dor tinha piorado. Eu quero a minha mãe, quero meus brinquedos, quero fugir.
O celular tocou e Murilo atendeu colocando no viva-voz e prestando atenção ao volante. Era minha sogra.
Onde vocês estão? / Lourdes
Estou levando Alana pro hospital mãe, a bolsa estourou ela tá sentindo muita dor.
Fala pra onde vocês tão indo, que eu
pegar um táxi. /Lourdes.Murilo passou o endereço para ela, e enfim chegamos nesse bendito hospital, eu só queria parir e parar de sentir essa dor.
- Vamos entrar. - Murilo estacionou o carro.
Entramos no hospital e eu fui logo encaminhada para a obstetrícia, pois eu já tinha meu plano de saúde aqui. A doutora que cuida da minha gravidez já chegou logo.
- Doutora eu não estou aguentando. - falei entre gemidos de dor.
- Calma Alana, eu sei que você é muito nova está sentindo dor, mas já já passa, calma.. - segurou em meu ombro.
- Cadê Murilo?
- Ele não pode ficar aqui, calma.
Ela tentava me acalmar, mas eu não conseguia, aquela dor era insuportável, eu sei que vou ser muito feliz quando ver o meu Lucca mas por agora estou sofrendo muito.
- A sua dilatação já está em 6cm.
- E o que isso significa? - perguntei.
- Que já vamos pra sala de parto, vou chamar a enfermeira obstetra.Eu estava suando, a médica segurou em minhas mãos, me senti ser cortada, vou nem dizer nada, eu estava com tanta dor, que o corte era um mero detalhe perto das minhas contrações.
- Agora você vai ter que fazer muita força, pensa no seu filho e que quanto mais rápido ele nascer vai passar essa dor.
Eu apenas assenti, não tinha forças pra falar, só gritar de dor, olhei pro vidro e minha sogra e Murilo assistiam o parto.
Eu gritava e fazia toda força o possvel, parecia que eu estava sendo dilacerada por baixo eu já não tinha mais comando do meu corpo.
- Vamos mamãe, já consigo ver a cabeçinha do bebê. - a médica disse.
- Eu não aguento mais. - sussurrei.
Ouvi o chorinho do meu filho, do meu Lucca, eu estava com muita dor, não vi mais nada ao meu redor só vi tudo se apagar.
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Destino Implacável
Teen FictionAlana, uma moradora de favela, verá seu destino mudar após conhecer WL . Um homem frio calculista, dono do morro Do Mandela , mas que também tem sua dor . Por escolhas erradas Alana sofrerá demais, será que é tarde pra ser feliz? "Eu me arrependo...