Capítulo 38

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              Willian

- Willian...

-  Você?!

Olhei bem na cara dele, como ele me descobriu aqui? Caralho eu tô fodido.

- O quê que você quer cara? Me deixa em paz!- me levantei da poltrona.

- Por que você fugiu da prisão meu filho, eu poderia te denunciar e te prender agora mesmo.

- Caralho. - gritei. - Eu não sou teu filho, vai me prende. - estendi as mãos.

- Eu soube que meu neto nasceu, gostaria de ver ele.

- Não fez papel de pai quer fazer de avô... - suspirei.

- Você tem que voltar pra cadeia e se entregar.

- Eu não vou voltar pra porra nenhuma! Você pode até me denunciar, mas eu vou ficar aqui com minha mulher, ela pode morrer, ela está em coma e tu vem me atazanar. - rodei de um lado para o outro.

- Eu não vou te entregar, você vai sair de novo de qualquer jeito, e você é meu filho jamais te mandaria para cadeia, só quero seu bem..

- Hum, valeu por não me entregar.

- Eu sou seu pai garoto, me perdoa eu era novo, começando minha carreira, fui influenciado por minha mãe a não te assumir.

- E daí que tu era novo pô? Eu também sou novo, sou bandido vagabundo como falam por aí e mesmo assim não abandonei minha mina, e assumi meu filho.

- Um dia você vai me perdoar.

- Ok ok, obrigado por não me entregar. E se quiser ver seu.. - pausei. - Meu filho, eu te levo.

Levei ele até meu Lucca no berçário, dessa vez ele estava acordado. Ele era a minha cara e de Eduardo.

- Ele parece com você filho.

- É.. - dei um sorrisinho fechado.

Ele ficou um tempo lá olhando meu filho , até que minha mãe chegou nervosa.

- O que você está fazendo aqui? - minha mãe perguntou.

- Eu vim ver meu neto. - o outro falou calmamente.

- Eu já falei pra você sumir da vida do meu filho, e se você ousar a entregar ele pra polícia dessa vez eu mato você eu mato. - foi pra cima dele.

- Mãe, calma caramba! Não quero confusão nessa porra não falou? O importante aqui é minha mulher sair do risco de vida e meu filho ficar bem.

- Você pode ficar tranquila Lourdes, eu só vim ver meu neto. E não vou entregar meu filho.. Willian eu já vou, fica vem filhão. - tocou em meu ombro.

Ele foi embora e eu fiquei pensando, ele poderia ter me levado preso, ou passado a informação pros canas mas ele não o fez. Mas foda- se não vou ficar sentindo peninha ou remorso, só quero ver a melhora da minha mulher.

- Doutora. Iai? Ela já vai acordar?

- Alana já está fora de risco pode comemorar, o importante agora é ela acordar saudável e bem.

- Valeu aí. - sorri.

Fui até o quarto dela, e comecei a fazer carinho nela. Era linda minha morena.

- Olá. - olhei para trás, era a mãe de Lana.

Ela me odiava, eu sei disso. Mas vou tentar ser suave com a coroa.

- Oi dona, a senhora veio ver tua filha?

- Como está Alana? - perguntou toda seca.

- Ela está em coma..

- Em coma? Como assim, por que?- ficou nervosa.

- Por causa das complicações no parto. Mas ela vai ficar bem.

- E meu neto?

- Ele está no berçário, Lucca nasceu prematuro.

- Isso tudo que está acontecendo a minha filha é culpa sua! - me apontou o dedo. - Se você não tivesse tirado minha menina de mim e feito tudo que fez ainda engravidado ela, nada disso estaria acontecendo.

- Opa opa, perai. A senhora não pode me culpar das parada não, eu amo sua filha e ela à mim, por isso estamos juntos, ela escolheu assim sabendo quem eu era, e nosso filho foi resultado do nosso amor, não forcei ela.

- Seu dissimulado. - me olhou com ódio. - Eu quero ver o meu neto.

- Vai na fé, ele está no berçário. Já que a senhora não gosta de mim, nem vou te acompanhar.

Ela se saiu cheia de ódio e eu nem liguei, problema. Que ela não aceita a filha dela com bandido eu até entendo, sei que ela é de menor e tal, mas não obriguei Alana a fazer nada.

Fui comer alguma coisa e fiquei pensando ...Queria voltar pro morro com minha nega bem, meu herdeiro, e assumir meu posto  sem aqueles canas filho da puta em minha cola.

Olhei pro lado e alana estava se debatendo, soando frio, ela estava acordando.

- Algum médico por favor ela está acordando! - gritei e as enfermeiras vieram. 

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