Destino Implacável

Capítulo 34

                    Alana

Terminei de dobrar minhas roupas, e coloquei as do meu filho na bolsa que eu fiz especialmente para ele.
Eu já estava com oito meses, então tinha que me preparar a qualquer hora minha bolsa poderia romper e meu bebê vinha ao mundo.

Sinto uma dor indecifrável no meu peito, saudades de Willian... Queria muito ele aqui ao meu lado, mas pelo menos eu tinha Lourdes, e Murilo.

- Alana, vai descansar minha filha.- minha sogra gritou do quarto dela.

- Já vou mãezinha!

As coisas foram fluindo, eu hoje considerava ela como minha mãe. Claro que eu amava minha mãe verdadeira, mas ela escolheu se distanciar de mim, não posso fazer nada, sinceramente.

- Você tem que descansar Alana, logo logo meu neto vai nascer.

- Eu sei. - toquei em minha barriga.
- Estou morrendo de dor, a cada segundo parece que estou levando um soco na barriga.

- Sei bem. - sorriu.- Mas logo logo passa, minha gravidez de Willian também foi assim, a de Murilo foi mais tranquila, acho que foi pelo fato da minha primeira gestação eu ainda ser muito nova, igual a você é.

- Aí. - apoiei minha cabeça  no colo dela. - Eu sinto tanta falta de Willian.

- Eu também minha menina. - acariciou meus cabelos.- Mas ainda bem que Deus me mandou você, e logo nosso Willian vai sair de lá.

- E seu boy como está?! - sorri.

- Tá lá, ele quer juntar os trapos, mas não quero trazer macho pra casa com meu filho aqui.

- Ah, seus filhos já estão grandinhos de mais né? A senhora tem que curtir a vida mãe.

- Oh minha menina. - me abraçou.

- Que foi?

- Quando você me chama de mãe eu fico toda emocionada.

- Mas é isso que você é pra mim, a mãe que me faltou. - a abracei e escapou uma lágrima dos meus olhos.

Eu sentia falta da minha mãe, mas um dia ela vai me perdoar eu sei.
Ela foi fazer o jantar e eu avisei que ia na casa de Vic, bater um papinho. Faz tempo que eu não via minha amiga.

Fui mexendo no celular, e passei no mercado para comprar umas guloseimas.  Sai do mercado, e dei de cara com Alan.

- Minha grávida linda! Que saudades. - me abraçou.

- Também Alan, sumido.

- Eu não sumi, você que sumiu. - piscou para mim.- O que você está fazendo na rua com essa barriga enorme?

- Vou na casa de Vic. - sorri. - Alan é acho melhor você se afastar porque..

- Eu já sei. Willian né? - assenti.
Aquele cara é psicopata Alana, eu sei que você está sofrendo, mesmo ele lá dentro você tem medo dele.

- Eu sei mas, agora eu tenho meu filho. - acariciei minha barriga.

- Eu estou aqui tá bom? - sorriu de lado e saiu.

Eu sentia saudades de Alan, era uma pessoa maravilhosa. Me culpo até hoje por ter vacilado com as pessoas que me amavam, mas  não dá para voltar atrás.

Cheguei na casa de Vic e bati na porta, a viada veio abrir com um shorts enfiado no cool .

- Oi minha mona preferida! - abri um sorriso enorme.

- Aaaah amiga. - me abraçou.

- Cuidado peste, vai esmagar minha barriga.

- Caramba, tua barriga cresceu muito Alana.

- Eu sei, teu afilhado deve ser muito gordo.

- Entra aí mulher.

- Rodrigo não está aí não?

- Not, e se estivesse problema dele.

- Coloca um filme ai, que trouxe umas comidas pra gente devorar. E faz um brigadeiro aí pra nós.

- Faz você espaçosa.

- Minha barriga está enorme, eu já fui comprar as coisas, para de me judiar. - fiz drama.

- Ai que fricote, eu faço essa banana.

Eu fiquei rindo e ela foi fazer o brigadeiro, fiquei procurando um filme e decidi assistir um em que a mulher era chamada de "a vadia do vestido amarelo" eu hein, loucura.

Fiquei esperando a outra e mexendo no insta, quando chegou uma mensagem em meu whatsapp.

     Problemático: tá aonde?

    Alana: Casa de Vic!👍

     Problemático: Já te disse q não te quero na rua de noite, quando for sair manda um vapor te levar pra casa.

     Alana: Falou parceiro.

     Problemático: Como está meu filho?

Vizualizei e não respondi, tomar no cu pra lá. Vê se eu tenho cara de mulher submissa?

Tenho não meu amor, sou porra loucona.

- Mamãe te ama me bebê, quero te ver logo. - acariciei minha barriga conversando com meu Lucca.

Vic veio com o brigadeiro, e finalmente pudemos assistir. Vanessa estava dormindo, mas acordou no meio do filme, fui pegar ela e fiquei a segurando. Amava crianças.

O tal vapor que o embuste mandou veio me buscar, fui para casa de carro e passei em frente a casa de minha mãe. Quase ia pedir pra Vitinho parar, mas ela deve estar feliz sem mim.