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Ana Eduarda.

Meus olhos marejaram diante da imagem que via: Renato comia minha melhor amiga, Júlia. Eu nunca pensei que Júlia chegaria à esse ponto, ela sabia dos meus sentimentos por ele, e mesmo assim, ela está trepando com ele.

Assim que eles terminam a foda deles tento sair sem fazer barulho, porém tropeço em algo e a caixa, na qual estava escondida atrás, cai no chão chamando a atenção de ambos.

— Ana? — Júlia pergunta assustada enquanto Renato não tinha expressão alguma. — eu posso explicar... — veio para o meu lado tentando me tocar, mas me desvicilhei a tempo.

— COMO VOCÊ PODE?!! — Gritei próxima a seu rosto. Eu não conseguia acreditar, não conseguia conter as lágrimas. — eu odeio vocês dois. — declarei olhando para ambos.

— não, você não me odeia. Você me ama e, por mais que você queira, você nunca, NUNCA, irá me tirar daqui. — Renato disse colocando a mão no meu coração que batia descompassado.

— pois, saiba que você está muito enganado. —Soltei meu braço do seu aperto e sai daquele hotel com o choro preso na garganta, mas eu não iria chorar por eles.

23 de março:
Renato Garcia;

DROGAAAAAAA! —Esmurrei uma parede assim que a notícia que Ana havia ido embora chegou a mim. Droga, eu estava apaixonado por ela, aquela Vadia.

Meus dias passaram a ser mais tristes, eu não tinha mais aquele sorriso dela para me alegrar, foi então que resolvi sair do colégio e procurar algo melhor para fazer da vida.

Júlia? Bom, essa virou uma puta, como sempre foi. Todos estavam felizes, exceto eu. Foram anos, e anos, passando o Natal sozinho sem ela. Me lembro do dia em que, finalmente, falamos o que sentimos um ao outro. Me lembro do seu beijo, seu toque delicado e macio.

E, por mais que eu tenta esquece-lá, eu não conseguia parar de ama-lá. Um segundo se quer.

6 ANOS DEPOIS...

A senhorita Ana comprovou a participação dela na festa de hoje. — Afirmei com a cabeça e Lizye, minha secretaria, saiu da minha sala.

6 anos, 6 longos anos, se passaram e cá estou sendo um grande empresário. Ana é uma sócia que eu ainda não havia conhecido mas que, hoje na festa que daria, conheceria ela. Todos falam bem dela.

19h03.

O salão estava lotado com vários rostos conhecidos por mim, exceto de uma mulher que estava bem mais a frente, de costas para mim. Seu corpo era desenhado nos mínimos detalhes.

— Aquela ali é a senhorita Ana. — Lizye disse próxima ao meu ouvido. Mesmo sendo minha secretaria ela quis, porque quis, me acompanhar. Já nos pegamos várias vezes naquele escritório, mas nada além de sexo.

Caminhei em passos apressados em direção dela, dando alguns acenos ao longo do caminho. Quando estava à, mais ou menos, um metro de lonjura ela se virou me fazendo parar no mesmo momento. Seus olhos castanhos claros, frágeis, e brilhantes, denunciavam a Ana que estava por baixo daquele vestido caro e de grife.

Minha garganta secou e rapidamente flashes do colegial veio em minha mente.

Ela ainda não havia percebido minha presença, afinal conversava animadamente com um homem, conhecido por mim. Arthur. Eu me lembro dele, ele era amigo de Léo, ou melhor, era o melhor amigo de Léo.

Um amor para recordar [R.G] CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora