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FELIZ NATAL❤

MARATONA BABYS
4/4

Ana Eduarda.

Vocês dois não tem jeito, hein. — Murmurrei ajudando Arthur a levantar.

— Foi ele que começou. — passou a mão no queixo, talvez por estar doendo. — não sei como você pode amar alguém como ele e não ama à mim. — revirou os olhos.

— Cala boca. — sentei ele no sofá e fui buscar gelo. — eu odeio vocês dois.

— Amanhã esteja nesse endereço sem falta. — avisou se levantando.

— Por que?

— Se você for, saberá. — sorriu diabólico, piscou e saiu de casa.

Respirei fundo tentando manter a calma. Subi as escadas indo para meu quarto, o dia havia sido muito cansativo e meus olhos já estavam pesando.

[...]

Assim que a torrada entrou em contato com minha boca gemi saboreando. Fazia algumas semanas que eu estava com muita vontade de comer isso.

— Eu não estou com um pressentimento Bom, mamãe. — falou Aurora pela décima quarta vez em menos de dez minutos.

— Filha, tá tudo bem, eu vou ficar bem. — sorri. Beijei sua testa e sai.

O trânsito estava bem movimentado, o que facilitou para mim chegar logo no local que Arthur havia falado. Era uma casa comum, porém estava muito abandonada, com um ar de mal assombrada.

Suspirei e abri a porta, que rangeu do começo ao fim. Em passos largos e apressado subi para o segundo andar, rezando baixinho. Mesmo com 20 anos, eu ainda acreditava em assombrações, e essa casa parecia ter bastantes.

— BUU!

— IDIOTA!—Gritei estapeando Arthur que ria.— Oque você quer? — Rapidamente ele mostrou uma pistola que estava na sua cintura e eu engoli seco encarando aquilo. — pra que Isso?

— Você acha que eu não sei que você transou com a porra do Renato?!— gritou andando de um lado ao outro. — acha que eu não sei que no colegial vocês fizeram sexo no quartinho de limpeza? acha que eu não sei que você ama ele?? VOCÊ ACHA QUE EU NÃO SEI?!

— Quem te falou isso?

— Não lhe interessa. o que interessa é que você saia morta daqui. — declarou apontando a arma para mim. Arregalei os olhos engolindo seco. — diga suas últimas palavras, baby.

— vai. pro. inferno. — falei pausadamente e logo fechei os olhos ouvindo o barulho do tiro e um corpo caindo contra o chão. Abri os olhos e coloquei a mão na boca vendo Renato ainda com a arma apontada para Arthur. Corri para seus braços me aconchegando ali enquanto chorava.

— tá tudo bem, vai ficar tudo bem. — afagou meus cabelos, porém não estava me sentindo segura ali, parecia que algo de ruim ainda ia acontecer. — vem, eu te levo embora. — assenti e segui ele.

O caminho estava muito silencioso, ninguém ousava abrir a boca, nem pra respirar. Foi então que passamos na frente da minha casa e ele não parou, pelo ao contrário, acelerou mais.

— Renato, já passamos da minha casa. — droga, ele estava com um sorriso psicopata nos lábios e isso não era bom, nada bom.

— Foda—se a sua casa. — revirou os olhos. — agora você é totalmente minha. — Gargalhou. Já havíamos saído da cidade.

— Para esse carro agora!

— Eu tentei, Ana, eu tentei ser uma pessoa legal, mas quem disse que você me queria?

— Para esse carro! — pedi novamente chorando.

— Eu fiz de tudo por você... — Rodou o carro para a pista contrária e voltou para a nossa fazendo um típico Zig Zac. — eu te amei! Porra eu te amei tanto, mas você escolheu aquele idiota.  Ele não pode te fuder como eu posso. — sorriu apertando o volante. — isso tudo machuca demais. Merda, machuca tanto falar de alguém que nem ao menos me ama. Agora eu sinto como se eu não quisesse mais viver. — bateu no volante. — diga que me ama, diga.

— Eu não te amo mais.

— AAAAAAA! — Gritou tirando a mão do volante e colocando em seus cabelos, na qual ele puxava sem dó. — você me ama sim.

— Para esse carro! — puxei o volante e o carro começou a andar em Zig Zag denovo fazendo meu coração começar a bater descompassado.

— Droga, Ana. — resmungou puxando o volante fazendo o carro ir na direção contrária onde vinha um caminhão.

Eu sentia o impacto que fez quando o caminhão se chocou contra nosso carro. A lataria batendo contra o asfalto ecoava na minha cabeça. Meu coração quase que não batia mais.

Não conseguia ver tudo bonitinho, era apenas borrões. Podia se ouvir a sirene da ambulância. Vasculhei o meu lado com o olhar à procura de Renato que estava alguns metros de distância de mim. Senti todo o ar sumir de meus pulmões quando vi ele daquele forma.

— Examinem ela, rápido! — alguém gritou, mas estava tão longe.

Meus olhos marejaram e os fechei.

Renato... — Sussurrei e tudo foi tomado pelo silêncio e escuridão...

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HEY PANDAS!
ESSE É O ÚLTIMO CAPÍTULO DA MARATONA BABYS, POR TANTO, NÃO SEI QUANDO POSTAREI NOVAMENTE.

♤♡XOXO PANDA♡♤




Um amor para recordar [R.G] CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora