🌃07 - 20🌃

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Ana Eduarda.


Minha garganta secou e minha cabeça girou assim que Pietro me disse que hoje seria o velório de Léo. Já havia se passado um dia desde a sua morte, porém, acredito que só acharam o corpo dele hoje, ou algo assim. Suspirei fundo e deixei algumas lágrimas cair.

— Calma, Mana. —Pietro me abraçou e afagou meus cabelos me fazendo sorrir triste em meio às lágrimas. Me sentia uma completa idiota por ter feito isso como ele. Léo, tinha muitos sonhos, e várias conquistas, mas por uma burrice minha ele não viu o seu futuro. Burra, é isso que eu sou. —Saímos em uma hora. — Avisou antes de sair do meu quarto por completo.

Limpei mais uma lágrima e respirei fundo indo me banhar e logo após ir ao velório.

[...]

Tem sido um dia longo sem você, meu amigo
E eu lhe direi tudo quando te ver de novo
Fizemos um longo caminho desde onde começamos
Oh, lhe direi tudo quando te ver de novo
Quando te ver de novo.

Algumas pessoas choravam com as palavras de Arthur, melhor amigo de Léo, ou então com a homenagem que passava em um telão posto ali. Charlie Puth cantava e a melodia me fazia chorar mais ainda, sabendo que a culpa era minha.

Caramba, quem diria
Todos os aviões que voamos
As coisa boas que passamos
Que eu estaria bem aqui falando com você
Sobre outro caminho
Sei que adoravamos pegar a estrada e rir
Mas algo me dizia que aquilo não iria durar
Tive que mudar
Olhar as coisas de modo diferente, ver a coisa como um todo
Aqueles foram os dias
Trabalho duro eternamente compensado
Agora te vejo em um lugar melhor.

  Meu coração doeu ainda mais quando uma foto minha e ele apareceu no telão. Ele sorria alegremente, e então pude perceber o quão lindo é seu sorriso. Vasculhei o lugar com o olhar e então pude ver uma pessoa desagradável que também me encarava.

Oh, como podemos falar sobre família
Quando a família é tudo o que nós temos?
Tudo o que eu passei
Você estava lá parado, ali do meu lado
Agora, você vai ficar comigo para o último passeio.
Tem sido um dia longo sem você, meu amigo
E lhe direi tudo quando te ver de novo
Fizemos um longo caminho desde onde começamos
Oh, lhe direi tudo quando te ver de novo
Quando te ver de novo.

   Seu sorriso debochado era estampado sem medo algum de alguém ver,e o pior era ver a diversão em seu olhar. O cara que tanto amo, prefere matar as pessoas do que ve-las felizes. Esse era Renato e eu simplesmente queria acreditar que não, que ele não era assim, que ele amava a natureza, amava e era amado.

[N/A; EU NÃO VOU ESCREVER A TRADUÇÃO INTEIRA]

Então deixe a luz guiar seu caminho
Guarde todas as lembranças enquanto você for
E cada estrada que você pegar
Sempre o levará pra casa
Pra casa. [...]

Tem sido um dia longo sem você, meu amigo
E eu lhe direi tudo quando te ver de novo
Fizemos um longo caminho desde onde começamos
Oh, lhe direi tudo quando te ver de novo
Quando te ver de novo.
Quando te ver de novo,
Te ver de novo,
Quando te ver de novo.

  A batida final da música fez meu coração parar por breves segundos. Léo por mais que não tínhamos uma ligação muito forte eu gostava muito dele. Todos aplaudiram a linda homenagem e eu me levantei, ainda secando as lágrimas, indo em direção do banheiro, chorar mais.

— Hey, Baby. —Renato me barrou segurando no meu braço. Só com esse simples toque senti todo o meu corpo se arrepiar.

— Me solta. — Pedi sem olhar em seus olhos. Era um sacrifício, e tanto. Ele Gargalhou de algo e eu olhei para trás vendo que ele ria da mãe de Léo que implorava próxima ao caixão que o filho voltasse. Uma cena dolorosa para alguns e engraçada para o tosco do Renato. Voltei minha atenção para ele incrédula. — Qual a graça?

— Ela pedindo para seu filhinho medíocre voltar. — Revirou os olhos e logo após tal alto fez uma careta.

— Você é um psicopata. — Falei olhando diretamente em seus olhos. — Você tem noção do que você fez? Seu inútil! — O aperto antes fraco agora mais forte em meu braço me fez dar um pequeno grito de dor.

— Eu odeio quando você me chama assim, eu não sou tão inútil assim, afinal eu que te dou 7 orgasmos, um atrás do outro. —Revirei os olhos tentando sair do seu aperto. —Revirou os olhos para mim?

Revirei novamente os olhos e Céus, essa coisa que eu mais fazia quando estava com ele, antes de completar; — Isso está parecendo 50 tons de cinza, e eu odeio isso. — Revirei novamente os olhos e logo ouvi sua risada.

— Anastácia, você merece uma punição. — Olhei para ele incrédula de boca aberta enquanto o mesmo se aproximava.

— Sai daqui Renato. —Murmurrei próximo ao seu rosto que estava à centímetros de distância do meu. Podia sentir seu hálito de hortelã e a sua respiração quente batendo contra meu rosto.

Droga Renato, droga.

Você fala demais.  —Revirou seus olhos e logo atacou meus lábios com luxúria e ferocidade. Eu senti falta disso, afinal,da última vez foi totalmente forçado.

   Sua língua explorava cada canto da minha boca e assim que ela entrou em contato com minha língua gemi entre o beijo e ele sorriu. Nos despimos rápido e logo ele estava me penetrando. Algo errado, pois, estávamos no cemitério e no velório do meu amigo.

   Segurei na pia do banheiro enquanto ele metia fundo e prazerosamente em mim. Gemi alto e gozei, logo após ele também, dentro de mim,e Arregalei os olhos.

— Renato, não usamos camisinha.—Avisei escorregando pela parede até encontrar o chão.

— Você não toma pílula? — Neguei e logo senti um tapa ser transferido em meu rosto seguido de outros. — SUA VADIA! SE ALGUM DIA VOCÊ APARECER GRÁVIDA, VÁ EMBORA SEM NEM AO MENOS FALAR COMIGO. — Acertou mais um tapa. — Ouviu bem? — Assenti chorando me encolhendo na parede. — Acho bom você não engravidar. — Me olhou sério e eu engoli em seco me levantando e me vestindo. — Hoje a noite eu vou te levar em um lugar, passo lá as 19:00 horas. — Tocou meus cabelos com ternura enquanto eu me olhava no espelho. — Até logo. — Me puxou pela cintura e selou meus lábios saindo logo em seguida.

— Idiota. — Murmurrei secando as lágrimas que insistiam em cair.

Eu vou fazer o possível e o impossível para que ele me ame ou eu não me chamo Ana Eduarda...

♤♡XOXO PANDA♡♤

Um amor para recordar [R.G] CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora