Prólogo

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Se esse é o fim, estão porque não termina logo?

Fechei os olhos e implorei que tudo acabasse. Que por algum milagre levassem essa dor de mim.No entanto, isso não aconteceu.

Meu corpo convulsionava sobre o mato frio e úmido da floresta, enquanto eu sentia mais um osso do meu corpo sendo destroçado.

— Por favor... eu imploro, me mate.

As minhas suplicas por mais desesperadas que fossem nunca eram atendidas.

Gemi, gritei, chorei.... mas de nada adiantou.

— Por favoorrrrrrr — meus dentes trincaram quando veio mais uma rajada de dor.

A dor continuava ganhando vida e me enfraquecendo pouco a pouco. Não sabia por quanto tempo mais aguentaria.

— Está quase acabando... — ouvi uma voz sussurrar atrás de mim.

Eu queria me apegar a essas palavras e aguentar por mais um tempo. Mas a minha mente estava se perdendo junto com meu corpo. Ambos exaustos de tanto lutar.

—ME MATE!!!!

Minhas palavras saíram como um uivo de dor. Fiquei impressionada pelo timbre alto que consegui alcançar. Talvez fosse só delírio, mas senti a floresta inteira responder ao meu pedido.

— Resista Lina, você está conseguindo. Sinta a magia correr em suas veias, lute!!!

Com o incentivo da voz que era tão familiar para mim, eu lutei. busquei forças da terra, do ar, do calor, exigi, roubei, tudo que me dessem forças para continuar.

— O que está fazendo?!!! — exclamou a voz horrorizada.

Queria responde-la, dizer que finalmente estava lutando. Mas não consegui. Pois a minha voz foi perdida, sobrando um uivo ensurdecedor que estremeceu toda a superfície plana que eu estava deitada.

Por fim, meu corpo relaxou. Às  chamas que envolvia-me se foram, levando junto a dor.

Abri os olhos e observei a minha volta e ...

O quê? o que está acontecendo? 

A escuridão ao meu redor se foi. A luminosidade que a lua transmitia fazia com que tudo ao meu redor se transformasse em dia. Consegui enxergar as árvores ao longe, e, ainda assim, não fazia nenhum esforço para isso. Incrível.

Me levantei, mas senti a visão de antes ser transmitida de baixo, como se eu estivesse encolhido vários sentimentos.

Abri a boca para falar, mas ao invés de palavras foi um uivo  que se foi ouvido.

— Minha nossa!! Como pode? — Disse uma voz desesperada atrás de mim. Me verei. — Você é uma Barushivask, IMPOSSIVEL!! — Hans, meu namorado, estava em frente a mim completamente desesperado. Conseguia sentir o cheiro de medo saindo por seus poros. Bufei. Esse cheiro me deixava alerta. Transmitindo uma audácia que não sabia que existia em mim...

Então o ataquei. 

 

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LINAOnde histórias criam vida. Descubra agora