E se você roubasse da natureza?
Senti a morte me envolver. Como uma falsa protetora capaz de me dar e exigir de volta. Lágrimas contidas derravam copiosamente sem permissão. O vento. Sem rumo que saiam das minhas narinas ficavam cada vez mais fraco...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O dia começou ótimo. Não. Melhor, começou perfeito.
Gabriel ainda permanecia adormecido ao meu lado. O seu cabelo, loiro, longo, estava quase batendo em meu rosto. Ele era uma perfeição.
Depois que saímos da floresta, Gabriel me levou de volta para casa. Houve algo ontem que o deixou preocupado. Claro, ele até tentou disfarçar. Mas estava evidente em sua expressão que aquilo deveria ser algo grave. Assim que saímos da cachoeira, fomos a procura de nossas roupas. No entanto, encontramos apenas as de Gabriel.
Procuramos em lugares mais à frente, por fim, acabamos desistindo. O cheiro em volta, mostrava que alguém tinha passado na trilha onde estávamos. E o mais estranho, não era um lobo.
— Acordada, liebe?
Virei o rosto e encontrei o sorriso de Gabriel ao meu lado.
— Liebe? — sorri — Acho que bebeu muito do meu sangue ontem à noite. Sou Lina, prazer.
Ela deu uma gargalha e eu o acompanhei.
— Ah, não. Bebi o suficiente. E liebe significa amor.
— Ahhhh...
Ele riu, na certa pela a cara de boba que fiz.
— Vamos tomar café da manhã?
Assenti e comecei a me levantar da cama. Já fazia um tempo que eu havia acordado. Só estava querendo aproveitar mais ao seu lado, o que não pode culpar-me; com a visão dele nu e lindo nessa cama.
— Lina? — chamou-me assim que estava perto do banheiro.
Fitou meus olhos, e não gostei nada do que vi ali.
— O que foi? — indaguei.
— Você ainda sente... — pausou, medindo a nossa distância e vindo ao meu encontro. Pegou em meu rosto e me olhou de uma forma carinhosa — Ainda sente algo por mim?
