Não sucumbirei ao seu comando

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Amanhã veio e meu sono ainda era o mesmo. Fiquei horas me revirando por conta de um pesadelo. Nele Gabriel estava em forma de lobo e com olhos reluzentes e pronto para me atacar. Talvez eu não estivesse me adaptando tão bem a minha nova situação.

Ontem, depois do jantar, ainda pensei em sair e nunca mais voltar. Tentar ter a minha vida de volta. Porém eu reconsiderei. Queria aprender mais sobre esse negocio de ser loba, antes de qualquer decisão.

Lavínia, foi bem receptiva comigo. Como eu tinha vindo sem nenhuma roupa. Pediu que uma das suas funcionárias me trouxessem algumas peças de seu próprio guarda-roupa. Muito fofa. Começando a gostar muito dessa menina. Os demais irmãos, ainda não tive o prazer ou o desprazer de conhecer.

Tomei um banho rápido e prendi meu cabelo em coque. Escolhi um vesti azul, frente única, quase da altura do joelho. Ficava um pouco justo no meu corpo. Lavínia era bem mais magra. Futuramente eu ia ter que comprar as minhas próprias roupas. Falando nisso.... isso. Eu ia ter que procurar um emprego.

— Ficou lindo em você Lina. — Sorri. Sentando em uma cadeira próxima a ela.

A mesa do café já estava posta. Assim como ontem, havia muita fartura. Gabriel levantou o olhar assim que me viu chegar. E pude perceber que ele também havia gostado do vestido em mim. Claro que, diferente da irmã ele não falou nada.

— Você deve ser a Lina — falou um rapaz loiro de olhos verdes. — Deveria ter vindo ontem vê-la, perdão pelos meus modos. — Era engraçado a forma que eles falavam. Formais e um timbre de voz da realeza. Não que eu tenha conhecido alguém assim.

— Relaxa, ainda podemos corrigir isso. — Eu disse — seu nome é?

Ele riu.

— Valentin. É uma honra. — Gabriel não tirava os olhos da nossa direção. — Sua chegada em nossas terras é uma novidade. Todos não falam em outra coisa.

— Bem, então eu acho que todos devem se divertir mais.

Gabriel forçou o lábio em linha fina. Quase riu.

— Tem razão, quer dar um passeio depois do café?

— Na verdade eu pretendia sair com ela irmão. — Gabriel interviu. — Antony, preciso que fique em casa e cuide de nossa irmã.

— Tenho compromisso. — disse o rapaz. — Deixei-a com as criadas.

Criadas? Quê?

— Não acho que deve chama-las assim. — entrei na conversa dos dois — São funcionárias. Não suas criadas, isso ficou a séculos atrás. — Ele levantou o olhar e me acarou.

— E de que século você acha que sou?

— Vinte um? — aquele menino não parecia ter mais que dezessete anos.

LINAOnde histórias criam vida. Descubra agora