E se você roubasse da natureza?
Senti a morte me envolver. Como uma falsa protetora capaz de me dar e exigir de volta. Lágrimas contidas derravam copiosamente sem permissão. O vento. Sem rumo que saiam das minhas narinas ficavam cada vez mais fraco...
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— Nossos ancestrais dividiram nossas espécies em cinco clãs. Os Feuer, que nascem com o poder do fogo...
— Como assim? Eles soltam fogo? — o interrompi.
—É mais do que isso Lina. A gente domina o elemento, passamos a ser um só quando nos transformamos.
Isso é surreal.
— Tem os Erde, os dominantes da terra— ele prosseguiu —, os Luft, dominante do ar. Os Wasser, esse é o nosso clã, dominamos a água. — sua admiração pelo clã estava nítida nas palavras— E por último, e um dos mais perigosos, os Geist, dominante do poder do espirito. — Senti a tensão em sua voz a pronunciar o nome desse clã, então acho que realmente devem ser bem perigosos.
— Só? E o clã baruski.... como é mesmo o nome que você me chamou?
Ele riu: — Barushivask. Mas esse não é um clã. É uma lenda. — Suspirou —, fomos criados acreditando nela. E, até hoje, é contada de gerações a gerações. Por enquanto, acho melhor você não saber.
— Eu quero saber. Principalmente porque vocês me chamam assim.
— Lina...
— Hans! Agora. Eu preciso conhecer tudo.
Ele assente e se aproxima da parede colocando um pé sobre ela, deixando o outro no chão apoiando seu peso. Uma postura relaxada, porém, seus olhos estavam demostrando outra coisa.
— Dizem que o Lobo Barushivask não tem um Clã. Que ele pertence a natureza e herda todos os poderes. De todos os clãs.
— E eu sou ele?
— Sim. Eu senti seu poder quando se transformou. — Fitou meus olhos. — Nunca vi nada igual. Foi incrível.
— E como pode ter certeza que sou um? Só porque sentiu? Não poderia ter se engano?
— Acha que eu não queria está engano? Acha? Eu daria tudo para estar esgano Lina. Mas não. Eu senti. Foi forte. Único... ver todas as nossas forças unidas.
— E eu a vi dominar o espirito.
Hans e eu olhamos para a mesma direção seguindo a voz... Tobias.
— Como assim viu? — perguntou Hans—, do que você está falando?
Tobias entrou e se aproximou de mim, depositando algumas roupas em minhas mãos. Aceitei.
— Um vestido? — disse estendendo a peça à minha frente. —, realmente não estão pensando em me soltar, estou certa?
Ambos ficaram calados. Então passei o vestido pela cabeça e o ajeitei, caindo como uma seda em meu corpo esguio.
