Capítulo 1

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Estava em casa deitada no sofá, pensando em como seria o homem perfeito para mim.

Tentava acreditar que eu não fosse tão seletiva e que poderia realmente dar uma chance à alguém que a maioria das mulheres em sã consciência não daria.

Na verdade sou totalmente capaz de aceitar os defeitos das pessoas, o problema é que eu não preciso disso. Não preciso provar para ninguém que sou uma pessoa boa.

Porque sou realmente uma pessoa boa e dá pra notar.

Enquanto eu lutava dentro dos meus pensamentos para me convencer, o telefone tocou.

Ai meu Deus! Era ele.

Aquele homem perfeito, que eu não ligo a mínima, se ele é musculoso, tem um rostinho desenhado por Deus, um sorriso maravilhoso, uma voz sedutora e um papo interessante, nem tinha reparado que ele era tudo isso na verdade.

Olhei no visor do meu celular e vi aquele número que eu nunca salvei, mas tinha gravado na minha cabeça. E pensei. Poxa vida que cara insistente.

Vou ignorar, eu consigo fazer isso numa boa.

Coloquei o celular no silencioso e peguei uma revista para me distrair. Mas aquela tela acesa não me deixava em paz, levantei e fiz o que qualquer mulher ansiosa faz para vencer a ansiedade... Fui preparar algo para comer. Afinal de contas como todas as mulheres eu sou firme quando estou fazendo pirraça.

Eu conheci o Lucas no intervalo da faculdade, como sempre fui o cérebro do meu grupo, todos os dias estava pesquisando alguma coisa ou lendo durante o intervalo, e sempre quando me sentava no canto bem longe da cantina, começava minha leitura.

Talvez por coincidência, o Lucas se sentava na mesa em frente e ficava me encarando, mas quando eu ficava muito incomodada eu levantava os olhos para ver se ele ainda me observada, e como era de se esperar ele dava aquele sorriso lindo e acenava com a mão como se quisesse dizer um olá, aquelas sombrancelhas desenhadas arcadas deixando ele com um olhar fatal. Mas os meus interesses eram outros e portanto eu tentava ignorá-lo.

Até que um dia, o Lucas, chegou um pouco depois de mim e encontrou sua mesa ocupada, sendo assim veio em minha direção e se sentou diante de mim, e disse:

_ Desculpe, mas minha mesa está ocupada e sendo assim terei que ficar aqui com você.

E antes que eu pudesse dizer um sonoro não, ele deu aquele sorriso lindo e disse que eu não poderia ser egoísta. Mesmo querendo me manter séria tive uma crise de riso.

Acenei com a mão para que ele ficasse à vontade e ele ficou mesmo!

A mulher que não sabia amarOnde histórias criam vida. Descubra agora