V - Mais longe que você puder comigo

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"Não é a carne que atrai é o espírito, porque é dele que vem o poder."

Arranjamos tudo e descemos.

Canga, chapéu, filtro solar e um bronzeador estranho de beterraba que ela fez questão de comprar da mão de um vendedor no caminho, disse que esse era "mais eficiente". Fomos andando até o posto 6, onde ela escolheu ficar perto das pedras no que eu agradeci por ter pouca gente e sem bolas na cabeça por ser local de concentração dos barcos dos pescadores. Quando chegamos ela prontamente tirou a canga e foi se jogar no mar, enquanto eu passava protetor solar e estendia minha canga na areia. Fiquei observando ela mergulhar de um lado pro outro, parecia um peixe em seu habitat natural.

Depois de alguns minutos ela saiu da água e veio andando na minha direção, parecia uma sereia do mar, seus quadris balançavam como ao som de uma música inaudível, e a água salgada formava discretas corredeiras em seu corpo, descendo até o piercing do seu umbigo, o fazendo brilhar sobre a claridade do sol. Eu apoiei meu corpo nos antebraços pra ter uma visão melhor da cena e agradeci mentalmente por alguém ter tido a idéia de inventar os óculos escuros, assim eu poderia admirar à vontade sem ter de dar explicações extras.

- Vamos dar um mergulho, a água tá uma dilíiicia! – Falou entusiasmada.

- Aposto que sim e bastante fria também.

Só foi eu dizer isso e ela sacudiu seu corpo encharcado em cima de mim, fazendo as gotas frias assaltarem minha pele com arrepios.

-OWWWW... Eii!

Ela soltou uma risada daquele tipo de criança que faz arte e sentou-se ao meu lado pegando o bronzeador e me oferecendo.

-Haveria possibilidade da senhorita fresquinha passar bronzeador nas minhas costas, por favor!? - Com ar debochado

Eu tomei o bronzeador de suas mãos e comecei a lambuzar suas costas com ele, imediatamente veio à minha mente as cenas de dominação que tive com ela naquele quarto velho de hotel e meu corpo se arrepiou de novo. Fiz um esforço para dissipar os pensamentos e comecei a prestar atenção nas marcas que havia em toda a extensão de suas costas e que agora à luz do dia dava para perceber. Algumas bastante evidentes e logo mais abaixo, perto dos quadris, uma grande cicatriz que parecia ter sido feita com algum objeto cortante e bastante recente. Eu preferi não comentar para não estragar o clima com coisas que talvez ela não quisesse lembrar. Quando terminei ela levantou e me disse um obrigado piscando os olhos, depois subiu nas pedras estendeu a canga e se deitou de bruços. O sol batendo no seu corpo dava um brilho dourado fantástico e minha boca salivou imediatamente.

Por duas vezes ela mergulhou e na segunda ela demorou a vir à superfície, por uns momentos fiquei em suspense mas como que adivinhando minha preocupação, ela veio à tona se apoiando nas pedras para subir. Seu corpo submergia do mar como o de uma aparição. Seus cabelos compridos e escuros pela água do mar escorriam por suas costas já douradas e seu bumbum perfeito, no qual eu agora notava haver a presença de uma pequena tatuagem, que seu fio dental não ocultava, não consegui identificá-la de imediato, pois estava longe e em sua boca ela trazia algo escuro que também não consegui identificar.

Ela desceu das pedras e veio na minha direção.

- Trouxe pra você... - me estendendo algo.

- O que é?

- Marisco... Abra e prove. Se come cru como aquelas comidas de restaurante chique.

Eu fiz o que ela mandou e parecia realmente bom com a água do mar temperando, revelando um gosto acentuado de ferro e sal.

- É melhor com limão, mas como não temos. Dizem que é afrodisíaco.

- Como você sabe de tudo isso?

STRIPPER "Camren" Onde histórias criam vida. Descubra agora