Leia ouvindo I hate u, i love u - Gnash.
Ela o observa por um tempo abaixa a cabeça e começa a dizer, sua voz sai falhando no começo.
- Ainda sinto sua falta Tony - sua voz saia rasgada, uma lágrima escorria no canto dos olhos. - Mesmo você não merecendo, mas eu sinto tanto... eu odeio sentir isso. Ah, eu odeio amá-lo.
Ela respira fundo tentando conter a vontade de chorar, mas algumas lágrimas são teimosas e ousam escapar. Seus olhos encontram os dele, e as borboletas em sua barriga se agitam, mas é errado amar ele, pois ele nunca vai olhar para ela como olha para outra.
- Você não pensa que nós poderíamos ter sido algo? - ele diz com certa fúria, talvez no fundo sentia algo por ela. - Mas ao em vez de dizer você escondeu de todos esse sentimento, até de seus outros amigos.
As lágrimas dos olhos dela já tinham vida própria, rolavam pelo seu rosto deixando um rastro molhado pelo mesmo. Ela tenta controlar sua respiração, que já está se alterando, ela precisa ser forte.
- O tempo passou - ela deu de ombros.
- Mas no passado ela não existia, ela poderia ter sido você. - ele retruca.
- Você nunca me olharia como olha pra ela. - diz já chorando completamente.- Quando estávamos juntos eu havia me apegado a você, mas você me deixou ir - a voz dela já falhava -, não devia ter me deixado ir.
- Éramos só amigos! - ele diz como se fosse óbvio. - Você nunca me deu a chance de te olhar de outro modo.
- Tinha medo que você me deixasse, que partisse meu coração. Mas agora sei que amigos também fazem isso. - ela fala meio embolado, por conta dos soluços.- Achei que já havia se cansado de mim.
- Droga Tifany! - ele diz se levantando e andando em círculos. Ela o segue com o olhar. - Eu nunca vou me cansar de você. - ele diz irritado. - Mas não posso te amar como a amo, e também não posso dizer que não te amo, e você não tem noção do quanto eu odeio te amar. - ele diz rápido e em um tom elevado.
Parece que Tifany ao ouvir aquelas palavras colocou um meio sorriso no rosto, talvez com a esperança que um dia Tony pudesse ama-lá como ele ama a outra.
- Está certo, - ela da de ombros - você precisa dela eu sei, eu nunca serei ela. - diz sem esperanças, mas no fundo talvez ela tenha um pouco.
Ela se despede sem o encarar e sai de cabeça baixa.
Ele a observa ir, talvez vendo o que acaba de perder. A garota que o entende de verdade, talvez a única. A garota que ele chamava de melhor amiga, mas poderia chamá-la de amor.
Pena que esse amor foi revelado tarde de mais.
Ela olha para trás e o vê indo de encontro com a outra e sozinha ela os observa de longe. Completamente sozinha.