65; The old Cameron is dead

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e b o n y

Subi outra vez pela árvore mas dessa vez a janela estava aberta, entrei sem fazer barulho já que ele parecia estar dormindo.

Acariciei seus fios bagunçados e prestei atenção na calmaria que seu rosto transmitia.

— Você é tão... Você. — sussurrei baixinho.

— O que significa "ser tão eu"? — disse ainda de olhos fechados e eu dei um pulo.

— Puta merda, que susto Cameron! — ele abriu um sorrisinho manhoso.

— Me responde.

— Ser tão você é ser complicado, estressado, incrível e fofo.

— Esqueceu do lindo.

— É que eu não costumo dizer mentiras. — pisquei para ele e retirei meus sapatos para deitar ao seu lado.

— Eu sou maravilhoso, admita. — virou o corpo para ficar frente a frente comigo.

— Então, por quê está doente neném?

— Fugindo do assunto Aky? Eu estou com falta de algo muito importante.

— Como assim? E meu Deus, você está com febre, onde tá o termômetro? — coloquei a mão em sua testa e estava bem quente.

— Nãooo precisaaa. — disse manhoso e rodeou seu braço em meu corpo.

— Mas como você vai melhorar?

— Com carinho, eu quero muito carinho. — deixou seu rosto na curva do meu pescoço e logo senti sua respiração acalmando.

— Nem parece o Cameron que me dava patadas gratuitas e diárias. — ele riu e me colou mais em seu corpo.

— Acho que uma tal de Ebony me fez encontrar meu lado bom.

— Essa Ebony deve ser linda, incrível, estilosa, inteligente e...

— Tá, ela é tudo isso e mais um pouco. Não é atoa que sou Ebony army. — gargalhei e selei nossos lábios pela primeira vez naquela noite.

— Dorme um pouco pra você melhorar.

— Tá bom, mãe.

03/13

PURPOSE ↯ dallasOnde histórias criam vida. Descubra agora