- Mãe preciso de dinheiro para ir almoçar amanhã. - disse como fosse normal, bem para mim era.
- Johanne! Onde está o dinheiro que te dei no inicio do mês? - a mulher encara-me.
- Ahm ... Se te estou a dizer que preciso de dinheiro para ir almoçar amanhã onde achas que está o dinheiro que me deste no inicio do mês? - um tom de ironia saiu da minha boca.
- Não o gastasses. - severamente levou uma garfada de arroz de pato á sua boca - Não te vou dar nenhum dinheiro Johanne.
- Mas mãe como é que eu --- - fui interrompida pela voz da minha irmã.
- Eu empresto-te cinco euros para comeres amanhã, não te preocupes. - Chloé oferece.
- Não emprestas nada, a tua irmã que o poupasse! - olhou para a Chloé - Johanne amanhã depois das aulas vais ao shopping e procuras um emprego em part-time durante a noite, nem penses que podes andar a pedir dinheiro a toda a gente agora.
- Desculpa? - olhei para ela incrédula - Não vou trabalhar mãe, não tenho idade para isso. - resmunguei cruzando os braços ao peito.
- O que não falta por aí são pessoas da tua idade a trabalhar em part-time. - a mãe afirma.
- Mas.. Pai? - fiz beicinho enquanto olhava para ele.
É sempre ele que me ajuda e me dá razão. - disse o meu subconsciente convencido.
- Filha eu acho que -- - a minha mãe olha para ele com aquele olhar de má que mete medo ao susto - Que a tua mãe tem razão.
- O quê? - choraminguei - Mãe eu só tenho dezasseis anos!
- E eu não tenho a carteira recheada para poderes ir almoçar todos os dias com a Holly ao shopping. Se não queres ir trabalhar começa a ir almoçar á cantina.
- Mais vale lamber pé suados do que ir comer à cantina.
- Então está decidido, amanhã vais procurar um trabalho. - a minha mãe ordena.
***
- A sério que a tua mãe quer que tu arranjes um part-time? - Holly solta uma leve gargalhada.
- Sim Holly e não te rias, não tem piada nenhuma. - encaminhávamo-nos para dentro da escola após ter tocado o primeiro toque para a entrada.
- Por acaso até tem. - risse - Já te estou a imaginar, preguiçosa como és a fazer trabalhos duros como carregar baldes de tinta para um armazém.
- Porque baldes de tinta? - franzi a testa. Esta rapariga é maluca.
- No shopping está lá uma loja de bricolage a precisar de empregados.
- Mas eu não vou para aí, estás doida? - sentamo-nos respetivos lugares dentro da sala à espera da nossa professora de Matemática que por acaso é a nossa diretora de turma.
- Se for o único sitio é para aí que tens de ir. - ela comenta.
- Sonha amor - virei-me para a frente assim que a Professora Kaylin entrou na sala.
- Bom dia alunos. - apenas dois ou três é que lhe responderam enquanto o resto tirava as coisas da mochila - Tenho uma novidade para vocês, Thomas se me fazes favor de distribuir estes papéis pela turma. - põem os papéis em cima da mesa dele.
- Isso é o que professora? - a minha melhor amiga pergunta.
- São as autorizações para a vossa visita de estudo a Sevilha. - diz a professora Kaylin.
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Playing With Fire - l.p
Fiksi Penggemar"Nunca ninguém vai compreender. És meu professor." © 2014 por Filipa1SMPHT. Todos os direitos reservados.