The Killing moon • Jikook {pjm▪Jjkg}

•Twenty six•

10 dias.

Inúmeras horas e incontáveis minutos de dor foram o que trouxeram os dez dias desde que Jungkook deixou Jimin ir sem ter condições de dizer "adeus". Mas nós sabemos que ele não o faria. Jeon Jungkook jamais daria adeus á alguém que nunca chegou a ficar. Ainda havia muito para ser vivenciado, muitos beijos a serem dados, muitas noites perdidas nos olhos um do outro.

Jungkook nunca se deu por vencido.

Mas era inegável que estava se enfraquecendo, que cada hora sem o menor era mais torturante, não só por ele não estar ali, mas por Jeon desconhecer seu paradeiro. O moreno tentava a todo custo seguir seus dias normalmente, comendo sem sentir gosto, pintando sem inspiração, sem ânimo para sair ou fazer qualquer outra coisa fora de casa.

Ele não esperava que uma resposta surgisse em sua porta, mas que pistas ele tinha? A delegacia tinha o nome de Park como óbito. Claro, deviam existir centenas de outras pessoas com o nome do menor, mas a intuição de Jeon teimava em achar que aquela informação estava relacionada ao seu pequeno.

Em suas mãos ele tinha apenas um histórico de conversas e o famigerado bilhete que Hoseok trouxera. Não haviam muitas ligações entre o bilhete e a foto de perfil de Jimin no Talk2, a não ser pela caligrafia idêntica, que era completamente diferente da pertencente à Jimin. Era estranho, não fazia o menor sentido.

"Maeror_affectus"

A princípio, Jungkook não havia dado atenção ao nome de usuário do menor mas agora ele estava sedento por qualquer coisa que servisse como evidência. Em frente a seu computador, Jungkook digitou as duas palavras "maeror affectus", encontrando uma série de livros que ele não fazia ideia do que se tratavam, mas de algo ele tinha certeza, aquelas palavras estavam em latim.

Procurou então pelas duas palavras separadamente.

maeror, maeroris, (m.). (maerëo). Tristeza, grande aflição, profundo pesar.

A palavra affectus, por sua vez, parecia ter dois significados, "estar possuído de" e "paixão por". Jungkook fanziu o cenho, e pensou um pouco tentando juntar as palavras e achar um sentido ali.

Você está possuído pela tristeza? Ou está apaixonado por ela?

Jeon já estava ficando frustrado, nada estava resultando em algo, nenhuma informação estava sendo realmente válida, até onde ele iria com essa investigação? Suspirou fundo e lembrou-se de Huimang, ele ainda não tinha regado a plantinha aquele dia.

Desde que o menor havia ido embora e deixado Huimang em suas mãos, o moreno fazia de tudo para nunca esquecer dela e cuidar como Jimin fazia, ele até mesmo conversava com ela, falando que ele estava fazendo possível para trazer o pai dela de volta.

Na verdade, Jeon perguntou a ela se ele poderia ser seu pai junto de Jimin. Huimang nada disse, mas quem cala consente, certo?

Voltou para casa desanimado, olhando em volta, percebendo como sua casa havia se tornado um caos sem Jimin ali. O menor gostava de arrumar as coisas, por mais que Jeon nunca ligasse se a cama estivesse bagunçada ou não...

Riu ao lembrar-se que se o menor estivesse ali, teria que cumprir a aposta que havia perdido.

Abriu a geladeira se deparando com um vazio deprimente, nada além de luz e frio. O moreno suspirou, já estava saturado de comer ramen todas as noites, sem ânimo para cozinhar, mas agora ele não tinha escolha, precisava fazer algumas compras ou morreria de fome.

Ligou o carro e saiu, chegando minutos depois em frente ao mercado, o mesmo que havia saído com Jimin pela primeira vez, o mesmo em que ele havia tirado a primeira foto do menor, uma de suas últimas lembranças dele. O moreno percorreu vários corredores com uma cara tão morta quanto sua vontade, as pessoas em volta até o olhavam com certa pena.