Tome minha mente e tome minha dor
Tome meu passado e tome meus pecados
Tome meu coração e pegue minha mão
Como um mar que carrega as areias sujas
E cure, cure
Me cure
O Coppa Club era um dos restaurantes mais espetaculares de toda Londres. Com uma vista privilegiada para a Tower Bridge, a maioria das mesas que estavam do lado de fora do lugar ficavam dentro de uma grande redoma de vidro, iluminada por luzes amarelas, com plantas verdes e o ferro da sustentação pintado de branco. As mesas eram de uma madeira muito bem lixada, as cadeiras eram forradas com um tecido felpudo, e olhando para a esquerda, para perto do bar, havia uma estrutura de madeira também cheia de flores delfin, girassóis e rosas, penduras em cima de outras mesas — essas sem as cúpulas.
Era um lugar extremamente bonito e romântico, que servia um dos melhores pedaços de torta que já havia provado com um xicara quentinha de Twinings.
Mas, quando as portas do elevador abriram, e ela caminhou até uma das redomas, toda a beleza do lugar se apagou e sua concentração foi para uma única coisa. Uma única pessoa.
Rowan tinha passado exatos seis dias sem ver seu rosto, sentir seu cheiro, ouvir sua voz, e o beijar. A saudade que a atingiu foi como se tivesse arrancando o ar de seus pulmões.
Era possível se apaixonar pela mesma pessoa toda vez que a via?
Não sabia explicar, mas para ela era possível, e todas as memorias deles juntos vieram como uma avalanche à mente. Cada coisa pequenas que eles fizeram, cada gesto, cada sorriso, conversa, e beijos, a levaram para uma certeza absoluta.
Tentou se controlar, mas seus dedos começaram a formigar, as mãos tremerem, e o cheiro dele era um verdadeiro imã. No segundo seguinte, estava dando dois passos à frente, e o abraçando como se a vida fosse acabar, e aquilo, aquela sensação de que eles eram certos um para o outro, fosse a única coisa que precisasse.
Não sabia o porquê ele estava ali, o porquê queria conversar, mas por um momento, não queria pensar que aquilo era um fim definitivo; um fim de algo que nunca foi nomeado entre eles.
Mas ela sentiu como se alguém estivesse socando seu coração quando os braços dele não moveram-se ao seu redor.
Aquilo abriu uma nova ferida.
Rejeição.
O alemão foi o primeiro a quebrar o contato, sem a olhar, afastando-a e sentando de volta ao seu lugar.
— Oi — disse a estudante, torcendo os dedos sobre o colo.
— Oi — respondeu ele baixo, olhando pela primeira para ela.
Eles ficaram se encarando, não sabendo como guiar aquela conversa, porque parecia que qualquer pergunta levaria a uma resposta que não seria agradável.
— Como você me achou? — indagou, dando uma olhada para dentro da bolha de vidro, e de como a chuva fina que caía deixava tudo parecendo mágico, com as luzes amarelas ao redor.
— Cecília — Joshua respondeu rapidamente, deixando com que a mente dela preenchesse qualquer lacuna.
Rowan fechou os olhos.
Maldita Cecília e suas ideias de que pode ajudar o mundo inteiro.
Eles caíram rapidamente em um silêncio desconfortável, até que Rowan olhou para a mesa, vendo que ele havia feito o pedido já.
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Dreimal in München
Fiksi Penggemar"Mas... e se o destino quisesse dar três chances para alguém que não acredita no mesmo, esbarrar nele, sendo Munique palco dessa história?" Rowan Simmons é uma estudante de História, que há dois anos deixou Londres e o passado para trás, e mudou-se...