Capítulo 7

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A escola estava cheia de alunos novos e a maioria já tinha seu próprio grupinho

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A escola estava cheia de alunos novos e a maioria já tinha seu próprio grupinho. Fiquei naquele meio, como uma sem teto, perdida e sem amigos, por escolha minha. Queria manter a promessa de não colocar mais ninguém em perigo.

Nos corredores eu olhava de um lado para o outro, lendo cada lista de nomes nas paredes. Quando encontrei meu nome, que era praticamente o último na sala de número oito, fiquei contente por ser distante do banheiro masculino. Finalmente, porque ninguém suportava o cheiro de xixi dos garotos!

Alguns alunos já ocupavam as carteiras, tomando posse do lugar. Minha primeira opção seria sentar no lugar de costume, mas não era mais a mesma garota do ano passado. Então fui sentar no fundão, onde os menos estudiosos, preguiçosos e drogados, gostavam de sentar. Isso não significava que eu seria um deles ou que existiria algum deles ali na sala.

— Bom dia alunos, sejam bem vindos a mais um ano letivo. A maioria de vocês não deve me conhecer, pois só dou aula para os terceiros anos. Alguns me veem pelos corredores, mas não sabem meu nome. Outros vão ter o prazer de conviver comigo mais um ano, como os repetentes. — o professor André olhou diretamente para mim.

Abaixei a cabeça envergonhada. Quando levantei de volta, Dora entrava de fininho para o outro lado da sala, enquanto todos estavam em silêncio, ouvindo o professor falar. E mais um ano ela estudaria comigo!

— Me chamo André...

A nova diretora da escola interrompeu a apresentação do professor, quando apareceu na porta da sala, segurando umas folhas de papel na mão. Todos observaram em silêncio.

No primeiro dia de aula a sala sempre era comportada.

— Com licença professor André... — ela entrava para ficar ao lado dele.

Ele cruzou os braços e pediu para ela continuar.

Dora olhou para todo o canto da sala e quando me viu, arregalou os olhos e virou imediatamente para frente.

— Bom dia a todos! — a diretora falou e todos responderam. — Gostaria que as senhoritas, Dora Tadewin, Leica Derwin e o senhor Felipe Oliveira se apresentasse, por favor. — disse lendo a lista.

O que será que estava acontecendo? Tinha algo de errado? O primeiro a levantar os braços, foi Felipe.

— Senhoritas, Leica e Dora? — ela esticava a cabeça para nos procurar.

Esperei Dora falar primeiro, mas o que ela fez foi olhar para mim, antes de responder. Será que ela se perguntava o mesmo que eu? Então levantei o braço sem empolgação, e Dora fez o mesmo.

— Que bom! Por favor, venham até a diretoria. — ela disse dando de ombros.

— E tragam as coisas de vocês. — ela saia pelos corredores.

O garoto já tinha saído acompanhando a diretora. Fiquei recolhendo minhas coisas. Comecei a caminhar para sair da sala e ouvi alguns alunos dizer: — Essa aí mal chegou e já está encrencada. — Ela não parece com aquela menina que saiu no jornal? — Será que ela vai para outra sala.

Filhos da Natureza - A Proteção Vol.2Onde histórias criam vida. Descubra agora