Sinopse:
Leica Derwin pensou que seria fácil voltar para casa, depois da pequena descoberta da história do seu passado e de seus poderes. Logo ela percebe que nada é como antes, pois seus pais super protetores e a falta de Daniel em sua vida lhe...
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Já no caminho para casa, ao lado da minha mãe no volante, não imaginava que essa reunião com a diretora seria tão fácil. Minha mãe me observava com estranheza, devia com toda certeza, está elaborando algumas perguntas para fazer sobre esse caso. Celina colocou a sanidade das nossas mães em perigo, porque elas não estavam acostumadas com esse tipo de coisa. Ela ariscou demais fazendo isso! E se não estivesse funcionado? E se amanhã a diretora lembrar-se de tudo que ela fez? E se ela chamasse a policia para todos nós, dizendo que foi enfeitiçada por bruxaria? Dessa vez a policia acreditaria, pois já fomos acusados de praticar tal feitiço para matar e prejudicar os alunos, do atentado ano passado.
A imagem de James invadia minha cabeça e eu comecei a fazer perguntas como se estivesse falando com ele, esquecendo-me que isso era totalmente possível, por causa do meu novo poder. Então eu me calei, esperando que ele não tivesse escutado minha voz na sua cabeça.
— Você não acha que aquilo foi estranho? — ela perguntou quebrando o silêncio.
Precisava achar uma desculpa bem convincente ou isso iria gerar mais perguntas. Fiquei a rezar no banco da frente, para que James não tivesse me ouvido.
— Acho que...
— Leica, você está falando comigo? — a voz na minha cabeça interrompeu minha resposta.
Reconheci de imediato que era a voz de James. Aquela conversa mental não poderia acontecer na frente da minha mãe, pois eu poderia esquecer e falar alto.
— Oi... Eu... — as palavras saíram automaticamente.
— O que? — minha mãe perguntou.
Eu sabia que tinha pensado alto demais, por isso tinha que ficar calada mentalmente, James que me desculpasse! Se bem que ele não precisaria das minhas desculpas.
— OI MÃE. — falei com entonação para James perceber que eu estava com minha mãe.
— Está falando comigo ou com sua mãe, Leica? — ele perguntou. — Como fez isso? Como você entrou na minha cabeça? — ele perguntou tudo ao mesmo tempo.
Minha mãe franzia o cenho ao meu lado e James esperava uma resposta. Tinha que bloquear um dos dois.
— Aquela tia de Dora, Celina, é bem estranha! Como ela fez para a diretora esquecer tudo? Confesso que até eu fiquei hipnotizada com as palavras da mulher. — ela olhou para trás no retrovisor.
Aquele colar de Celina devia ter afetado elas de alguma maneira também.
— Ela só falou educadamente com a mulher, mãe, coisa que a senhora não fez? — expliquei tentando controlar a respiração.
— Não fez o que? — James perguntou, insistindo na conversa.
Maldita hora que o poder foi aparecer.
— Não estou falando com você. — berrei e me virei para a minha mãe.
— Você não está falando comigo? Então é com quem? — minha mãe perguntou curiosa.
