Sinopse:
Leica Derwin pensou que seria fácil voltar para casa, depois da pequena descoberta da história do seu passado e de seus poderes. Logo ela percebe que nada é como antes, pois seus pais super protetores e a falta de Daniel em sua vida lhe...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— É melhor você ligar. — Celina disse ao meu lado.
— Se quiser a gente vai até a sua casa e pedi para ela, Leica. — Dora sugeriu.
— Ok. Vou tentar, mas se eles não deixarem, não vou insistir! — esclareci.
Elas consentiram com a cabeça e James continuava olhando para a fogueira que nos aqueciam na sala. O silêncio pairou no ar quando o celular começou a chamar.
— Mãe? — chamei, mas a voz era do meu pai.
A voz dele soou grave, como se estivesse preocupado com a minha ligação.
— O que aconteceu? — ele foi logo perguntando.
— Nada pai, fica calmo. Eu queria pedir uma coisa para você e a mamãe! — mordi os lábios.
Meu pai ficara em silêncio por alguns instantes, do outro lado da linha. Fiquei imaginando o que se passava na cabeça dele naquele momento.
Ouvi a respiração de ele pesar, então ele decidiu falar.
— Se você quer dormir na casa da sua amiga tudo bem, mas o problema será sua mãe. — ele falou calmamente.
Como ele sabia? Essa Terapia de Casal estava fazendo com que meus pais previssem as coisas!
— Posso falar com ela? — pedi para ele, porque eu já tinha sua autorização.
— Vou chamá-la. — disse.
A voz da minha mãe chegou aos meus ouvidos com violência. Seria a parte mais difícil que eu iria enfrentar; pedir sua permissão!
— Mãe, vou precisar dormir na casa da Dora.
Mordi os lábios com tanta força, que jurava que tinha sentido um gosto de sangue.
— Mas por que Leica? — perguntou.
Qual desculpa eu iria dar para ela? Tinha que sair alguma coisa dessa minha cabecinha oca.
— Coisa de menina mãe. — falei e essa era praticamente a desculpa mais sem noção que eu já dei em toda a minha vida.
Dora franziu o cenho e começou a murmurar palavras para mim. Celina a controlou.
— Tudo bem, eu disse que iria confiar em você e vou cumprir. Seu pai está mandando um beijo e se cuida! Ligue-nos se precisar. — ela falou.
Não imaginava que iria ser tão fácil, porque na verdade eu queria que ela dissesse que não. Seria estranho dormir no mesmo teto que James e que um dia Daniel dormiu. Por que eu estava tão preocupada em ficar tão perto do meu protetor? Sim, ele era só um maldito protetor e nada mais.
— Obrigada mãe. Manda outro pra ele! — falei tentando entonar uma empolgação.
Dora comemorou baixinho. Essa seria minha primeira vez que dormiria na casa de alguma amiga. Apesar de ser na casa de uma das minhas melhores amigas! Desliguei o telefone.