Capítulo 7 - O desafio

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Caramba, que fome. Espera aí, que eu vou ali rapidinho fazer um lanche...

[...]

Por favor, aguarde alguns instantes. A narração será interrompida por um breve intervalo.



[...]

Pronto. Agora vamos voltar para a história...

Zada estava parada, aterrorizada, em frente a um velho paralisado no ar ainda com uma expressão de surpresa no rosto. Cassie estava ao seu lado, surpresa, e um velho parecido com uma espécie de mago chinês estava atrás dele, com os contornos falhando, como se fosse um bug.

Espera, o que aconteceu aqui?!

Eu saio um minuto e já perco o rumo da história. Ai, ai...

Bem, vamos fazer uma retrospectiva! Talvez isso ajude.

Um pouco antes de eu sair, Zada estava sendo desafiada pelo inspetor Archibald a fazer algo que só Tornacenses profissionais conseguiam fazer...

(Ok, essa parte nós já sabemos.)

Então, ela então decidiu fazer o tal desafio com o livro dado pelo inspetor.

Tudo bem, agora chegou a parte interessante.

Bem, uh-uhm, voltando à narração normal...

Zada olhou o livro, curiosa e desconfiada. Em teoria, ela poderia de fato fazer aquilo. Afinal ela já havia conseguido fazer aquilo antes. (Mais do que vocês pensam). Quanto à parte de "desaparecer", bem, ela não fazia ideia de como o faria ou saberia que estava o fazendo. Ela deu um olhar cheio de significado para Cassie, algo como "Isso vai nos dar algum tempo. Por favor, pense em um plano.".

Então a morena levantou finalmente a capa e viu um título que (apenas cá entre mim, a narradora que sabe boa parte do que vai acontecer no futuro, e vocês, os leitores) seria uma prova de como coincidências acontecem. Por isso eu só vou dizer o título quando as coisas estiverem ruins. Pois é, que pena. Você não vai saber agora.

Na verdade, Zada ignorou o título. E também o nome do escritor. No caso, escritora, de modo que ela não sabia que estava indo para o lugar de onde todos os seus problemas surgiram, o que incluía as fadinhas, o triapodonte, o Livro (onde raios ele estava?!), a parede quebrada de sua casa (que provavelmente agora já tinha sido reparada) e o desastre na biblioteca (como Fred estaria agora? Aliás, como seus pais estariam agora? Preocupados? Sua mãe ainda estaria desmaiada?).

Pela primeira vez desde que chegara ali ela pensou em sua família.

O que eles pensariam se ela morresse ali, sem poder dizer tudo que queria ter dito? Sem que eles soubessem o que aconteceu?

Seus pais ainda seriam felizes juntos algum dia?

E Lynn? Como ela estaria?

Esses pensamentos trouxeram à tona diversos sentimentos negativos, de modo que ela também ignorou o fato de as letras soltarem um fraco brilho dourado (o que mostrava que havia algo errado com a história).

— Então? Por que está demorando tanto? Seu tempo está passando! – exclamou o irritado Archibald, encarando seu relógio.

Zada respirou fundo e começou a ler. Uma espécie de corrente elétrica passou por suas mãos.

Verde.
A primeira coisa que se nota na Floresta Misteriosa é o tom doentio de verde musgo que se estende por todas as árvores que se encontram em sua área.
Ninguém que para lá ia retornava. Os poucos que conseguiam voltar de lá nunca mais eram os mesmos. Afirmavam ter visto coisas estranhas e mágicas e, é claro, eram considerados loucos.
Poucos aventureiros se arriscavam por ela devido às lendas da Caverna de Cristal, em que encontrariam um tesouro incrível que era protegido por uma terrível fera.

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