Capítulo 5 - Em busca do coelho ladrão na Terra das Referências

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Assim que viu que tinha ficado sozinha, Penny se sentiu satisfeita.

— Ótimo. - disse ela, sorrindo. - Tenho uns quinze minutos antes desses dois acharem algum animal perigoso e voltarem correndo. - ela pegou o Corium, escondido em algum lugar até agora. - Hora de resolver um enigma. - disse com o diário de Lena na outra mão.

Aparentemente Penny tem outras motivações, o que me faz perguntar: será que isso vai impedir que nosso caros personagens com motivos eticamente relevantes concretizem seu objetivo? Eu espero que não, porque temos, no máximo, uns seis capítulos antes que a "Sônia" descubra onde está a Caneta de verdade e estrague a nossa felicidade.

Ah, eu ainda posso jogar um bom raio elétrico nela por ter destruído meu PS2.

Bob, você já tentou isso, lembra? Tanto é que agora estamos presos nessa armadilha dentro do estúdio e... É impressão minha ou as paredes de escuridão estão lentamente se aproximando?

Oh, céus, a gente vai morrer!

Não vamos não! Esse poder é baseado em emoções negativas, lembra?

Ah, sim, como com qualquer personagem maligno genérico. Deixa eu adivinhar, precisamos pensar positivo para sobreviver?

O quê? Nada a ver! Vocês precisam acertar o ponto fraco da armadilha com um míssil. Por sorte, foi o que eu fiquei treinando nesse mês inteiro para impedir aquele buraco negro que quase destruiu nossa linha do tempo e...

A gente vai morrer.

Não vamos não! Essa armadilha das sombras não é pra matar as pessoas, é só pra destruir lentamente o seu espírito e te fazer contrariar seus próprios ideais enquanto sofre vendo todos com quem você se importa morrendo de forma agonizante na sua frente sem que você possa evitar em uma ilusão que parece que dura centenas de anos, mas, na verdade, só durou um segundo.

Putz. Como você sabe?

Ahn... Prefiro não falar sobre isso, por favor.

Tá bom... Ahn, voltando à história...

Penny começou a ler o diário de Lena em páginas bem específicas, como se ela já soubesse onde procurar.

— Ah, então foi nisso que eu errei. - concluiu, juntando as folhas do manuscrito. - E o rato fofoqueiro tinha razão... É claro que tinha pegadinha! Seria perfeito demais se a gente só precisasse pegar a Caneta e fim! - ela suspirou, se recostando na parede da mini caverna que Fred achou por acidente. - Desculpe, Zada. Mas eu vou dar um jeito nisso sozinha.

Penny então se levantou e esticou o braço direito. Em um segundo, ela fez puff e desapareceu.

Em um segundo, estava do lado de fora do rascunho. Guardas andavam para todo lado, atentos. Se encolheu atrás de uma das esferas gigantes. Seria difícil fugir dali sem ser vista. De preferência, ela queria ir e voltar sem ser vista. Continuaria fingindo colaboração até acharem a Caneta Lendária e então ela seguiria com o próprio plano solo. Não ia demorar agora que sabia o segredo da localização dela graças ao rato gigante fofoqueiro. Mas não ia adiantar nada se não achasse o papel onde a realidade tinha sido alterada anteriormente.

Encarou a saída, sendo vigiada por um guarda adulto com cara de 50. Isso era incomum. No mundo Magicae, ou você chega aos 30 e aí morre por causa de algum animal mítico em alguma história, ou você passa dos 100 e começa a sofrer o efeito da radialem. Por isso a maioria do pessoal dos departamentos eram jovens. Ah, espera, o cara caiu no chão, inconsciente. Uma sanguessuga gigante estava grudada nas costas dele, ficando maior a cada minuto. É, por isso pouca gente ia para a Terra das Histórias Não Completadas. Os animais conseguiam sair e entrar livremente.

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