— E foi isso que aconteceu. - terminou de dizer Cassie.
Anya olhou mais uma vez para a sala coberta de teias grudentas e grossas.
— Eu saio só um pouco e tudo isso acontece... - ela suspirou. - Por que não estou surpresa? Ah, Fred...
— Não foi culpa do Fred. - disse Tomica. - Eu que criei o monstro, então, por favor, não o culpe!
— Eu que comecei a destruir as coisas, - disse Ed - então a culpa é minha.
— Mas quem abriu sua porta? - perguntou Anya. - Você não conseguiria atravessar aquelas paredes.
— Ahn... Sim, era preciso que alguém tivesse aberto a porta. - disse Tomica, ficando pensativa.
— Cassie e eu ficamos esse tempo todo juntos e ela foi atacada quando saiu da cozinha. - disse Fred.
— Você a viu ser atacada? - perguntou Tomica.
— Não, mas ouvi o grito.
— Bem, então Ed já estava solto quando ela foi à cozinha... - disse Tomica. - Ou será que não?
— O que quer dizer com isso? - perguntou Cassie, semicerrando os olhos.
— Talvez você tenha ficado com pena do seu amigo e resolveu soltá-lo. - disse Tomica, também semicerrando os olhos.
— O quê?! Está dizendo que EU sou a traidora?! - disse Cassie, ofendida.
— Se a carapuça serve... - disse Tomica, iniciando uma briga entre as duas.
— Por favor, parem! - gritou Ed, mas elas só lhe deram um olhar irritado.
— Fica fora disso, Primes! - disse Tomica, irritada.
— Não fala assim com ele! - gritou Cassie, empurrando Tomica.
As duas começaram a rolar no chão puxando o cabelo uma da outra. No reflexo da janela, Cassandra encarava tudo com um sorriso sádico.
— Briga! Briga! Briga! - estimulava ela, vendo as garotas tentando se matar.
— Parem já com isso! - gritou Fred, usando mais uma vez o seu poder.
Imediatamente elas pararam de brigar e se levantaram.
— Isso. Agora se abracem. - disse ele, com os olhos azuis brilhando. Tomica e Cassie se abraçaram. - Agora falem "desculpa, eu fui uma idiota".
Cassie olhou para Tomica com o olhar vidrado.
— Desculpa, eu fui uma idiota.
— Desculpa, eu fui uma idiota. - disse Tomica, como um robô.
— Agora falem "eu sou uma galinha". - disse Fred, com as faíscas saindo de seu cabelo.
— Eu... Não vou falar isso, Fred. - disse Cassie, voltando ao normal.
— Nem eu. - disse Tomica.
— Ah... - disse ele, desanimado.
— Frederich, quantas vezes você usou seu poder hoje? - perguntou Anya.
Fred engoliu em seco, um olhar de pânico.
— Droga... - disse Anya.
— Anya! - gritou uma voz masculina diferente.
Todos olharam para o sofá, onde o Livro os encarava.
— Anya, pelo arial black! Ainda bem que voltou! - disse ele.
— Pierre, o que houve? - perguntou Anya, preocupada.
— Temos dois problemas sérios, além do que houve com a sua casa. - disse ele. - O primeiro é que os sintomas de Zada voltaram.
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Apenas uma história...
FantasíaAviso inicial: esse livro é uma bagunça com metalinguagem, narradores vivendo uma história paralela ao universo da própria história e acaba que a história principal deixa de ser o foco. É como se fosse aquelas pinturas abstratas que alguém olha e di...