Apenas uma história...

Capítulo 4 - Como achar o jardineiro?

Desculpe a demora. Estamos... Ahn... Tendo problemas com alguém tentando invadir nosso servidor. Ninguém importante. O problema... Já foi resolvido.

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Zada atravessou uma parede. Era uma sensação interessante depois de ficar presa dentro de um espelho. Era como se ela não existisse. Como se fosse um vazio. Um fantasma. Algo mais tangível que as pessoas de fumaça que vagavam pela mansão, mas ainda assim não era uma pessoa.

"Será que era assim que a Penny se sentiu todos esses anos?", se perguntou, melancolicamente.

Na sua frente, um jovem fantasmagórico, o jardineiro Steve, caminhava sem olhar para trás, em silêncio.

- Aonde estamos indo? - perguntou Zada, impaciente.

Steve riu.

- Eu estava me perguntando quanto tempo você aguentaria ficar na curiosidade. - disse ele, parando. - Estamos indo para lugar nenhum.

- Quê?

Ele riu.

- Eu só precisava ficar longe dos Olhos.

- Olhos? Do que você está falando? - perguntou Zada, confusa.

Ele respirou fundo.

- Essa aparência é muito cansativa. Espere. - ele fez uma careta como se estivesse tampando a respiração e então seu corpo todo mudou.

De jovem e adulto jardineiro ele foi para garoto maltrapilho. Era moreno e tinha o corpo coberto por uma capa marrom, como um andarilho.

- O que... - Zada estava ainda mais confusa. - Como...

- O poder da imaginação. - disse ele, com desdém na voz vagamente infantil. - No Mundo Comum, esse poder não tem mudanças visíveis. Mas aqui, dentro de uma história, faz toda a diferença. É uma pena que só Comuns tenham essa capacidade com potencial ilimitado.

O garoto se segurou em seu cajado.

- Você é um Comum?! - exclamou Zada, visivelmente chocada. - Mas como?!

Ele só sorriu, como se soubesse mais que ela (o que de fato era verdade).

- Ora, você também é Comum e está aqui.

- Eu sou uma tornacense...

- Correção: Penny Lefebvre é uma tornacense. E vocês são pessoas completamente diferentes, apesar de, no momento, dividirem o mesmo corpo.

- Espera, como você sabe tudo isso? Eu nunca disse meu nome. - disse Zada, recuando, desconfiada.

- Acredite, eu quero te ajudar. - ele fez uma cara séria. - Não pode deixar Penny pegar a Caneta Lendária.

Zada franziu o cenho.

- Não confie nela. Ela só quer se aproveitar de você e dos seus amigos. No momento, Fred não está seguindo o que ela quer, então ela vai se ocupar com ele, tentar machucá-lo. Você precisa impedí-la de ter a Caneta.