Capítulo 8 - Uma ajudinha?

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Lis.

Eu tinha conseguido passar por aquele multidão que estava atrapalhando passagem na porta, e logo já havia me afastado um pouco da taberna.

— Eu tenho muito sorte mesmo, de encontrar logo ela na minha primeira "experiência" sozinha. — Haviam muitos guardas por ali, então resolvi ir pela parte mais vazia do vilarejo.

Algumas casas já estavam todas com as luzes apagadas, o que fez com que aquela parte ficasse bem deserta naquele momento.

Eu continuei naquele percurso quando senti alguém segurando o meu braço.

Que droga.. é um guarda.

— E-Eu.. só estou indo para casa. — Eu fiquei todo tempo escondendo meu rosto e olhando para os meus pés.

— Pode ser perigoso andar essas horas por aqui mocinha. — Ele soltou meu braço mas pude sentir que ainda me olhava. — Aonde você mora?

— E.. Eu?.. - Gaguejei um pouco olhando para os lados. — Um pouco mais a frente.

— Ei babaca, acho que a moça consegue ir para a casa sozinha. — Eu ouvi a voz da bruxa, nós dois nos viramos para ver ela, que estava atrás da gente em uma distância considerável.

— Sua bruxa encrenqueira, acho melhor ir embora, antes que eu chame mais guardas e te prenda na masmorra! — Ele se aproximou da mesma, que logo se telesportou para onde eu estava.

— Faz o que você quiser, mas duvido que vai conseguir me pegar. — Sua voz saia com um tom de irônia e confiança em cada palavra dita.

— Princesinha, Vamos dar uma volta, pois acho que não é conveniente para ambas sermos pegas pelos seus guardas patetas.

— Mas o que? - Ela se aproximou mais de mim, e envolveu seu braço em volta da minha cintura, o que fez com que minha touca caísse e quando o guarda se aproximava da gente gritando algo do tipo " A bruxa pegou a princesa! " , ela nos telesportou para longe dali.

Eu conhecia aquele lugar, era a entrada para a floresta aonde as bruxas ficavam, não tinha uma cara muito boa. Ela se afastou de mim se virando para a floresta, mas longo depois virou me olhando.

— Princesinha, eu tenho que ir. — Ela fez uma reverência com um sorriso de satisfação em seu rosto. — Você me deve uma.

— Eu não te devo nada! Eu poderia muito bem ter me livrado daquele guarda sem sua ajuda.

— Então é assim que me agradece? - Ela se aproximou de mim e antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, segurou na minha cintura novamente e nos telesportou para o vilarejo, aonde continham dois guardas conversando entre si.

Mas que droga.. Bruxa idiota..

Os guardas se entreolharam e logo perceberam nossa presença ali.

— A PRINCESA! — Eles começaram a se aproximar de nós, ela já havia me soltado e ria daquela situação.

— Tira a gente daqui sua louca.

— É só agradecer princesinha..

— Meu Deus você é muito irritante! —  Eles já estavam bem perto de nós, eu já imaginava a bronca que levaria do meu pai e da Ruth por uma atitude tão idiota e banal. — Obrigada.

Quando eles estavam chegando ela se telesportou atrás deles dando uma rasteira nos dois, fazendo com que eles caíssem. Antes que eles pudessem levantar e revidar, ela acertou outro golpe no pescoço de ambos. Ela apareceu atrás de mim nos teleportando para o mesmo lugar que estávamos antes.

— De nada novamente princesinha.

— Obrigada. — Eu revirei os olhos se afastando da mesma. — Você luta bem, aonde aprendeu?

— Eu treino quase sempre, já que vivo em uma floresta isolada e sempre que aparece no vilarejo os seus guardas vem atrás de mim. — Ela caminhou em direção a entrada da floresta, entrando na mesma e eu segui ela.

Mas que ideia idiota, seguir uma bruxa..

— A culpa foi de vocês, meu pai só baniu vocês por que não souberam respeitar o acordo. — Eu comecei a andar atrás dela, assim tirei minha capa e joguei no chão. — E devo admitir que estou impressionada, por não fazer muito tempo que estragou a festa no vilarejo e aparecer como se nada tivesse acontecido.

— Eu sou corajosa. E outra eu nem era viva quando fizeram esse acordo. — Ela parou de andar e se virou para trás, ficamos um pouco próximas naquele momento. — E você, tem coragem de seguir uma bruxa?

— Tenho que ter, afinal vou ser rainha.

— Uma rainha bem boboca. — Ela elevou o seu dedo indicador na minha boca, como se pedisse silêncio. — Acho melhor você ir embora, voltar para o seu castelo, daqui a pouco os guardas aparecem aqui atrás de você.

— Ou o que? — Eu tentei intimidar ela, tirando seu dedo da minha boca. — Sou eu que dou ordens aqui.

— Sinto muito informar princesinha, mas você não manda em mim. — Ela olhou diretamente para os meus olhos, e aposto que naquele momento corei um pouco. — Uma pena isso.

— Olha bruxa eu não vou com a sua cara, e aposto que você não vai com a minha também. Mas você luta bem, e eu sempre tive interesse em aprender a me defender, você podia me ajudar.

— Eu realmente não vou com sua cara, ela é horrível até me assusta. E outra coisa, eu não ajudo as pessoas. — Ela se virou para a frente e voltou a andar. — Uma outra pena isso.

A princesa e a bruxaOnde histórias criam vida. Descubra agora