A princesa e a bruxa

Capítulo 35 - Sentimentos?

Ayia.

Eu deitei na minha "cama" que estava um desastre, mas era meu cantinho, já passei por muitos momentos bons com algumas garotas, e outros não tão agradáveis.

- Você ama ela? - Jorge apareceu me olhando fixamente.

- Não. - Eu levantei o olhando. - Até parece que nunca me viu com outras garotas.

- É diferente, você nunca me apresentou nenhuma por mais de três segundos.

Eu dei de ombros.

- Ayia, eu acho que ela te ama.

- Isso não é problema meu Jorge. Agora vai brincar vai. - Eu coloquei algumas pulseiras pretas. - Eu vou sair, já conheçe as regras, se tiver garota dá meia volta e vai embora.

Dei um beijo na testa dele e saí.

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Algumas semanas depois.

- Um bom vinho sempre resolve tudo. - Eu terminei de tomar a segunda garrafa. - Você quer?

- Eu tenho 12 anos. - Jorge me olhou bravo. - Espero que lembre que sou criança.

- Uma criança nada normal, que vira um corvo bizarro. - Naquele momento suou muito engraçado, então eu ri até não poder mais.

Jorge revirou os olhos e foi embora me deixando sozinha, encostada em uma árvore qualquer, e o pior, sem garrafas de vinho.

Essas duas semanas que passaram, eu evitei a Lis, não queria que ela achasse que estávamos em algum tipo de relacionamento só porque transamos. Mas dessa vez, eu não conseguia parar de pensar nela.

- Você tá um porre Ayia. - Aquela maldita voz doce e calma, cuja a dona permanecia nos meus pensamentos me chamou a atenção. - Pelo jeito a noite foi boa.

- Sim, foi ótima, eu e algumas garotas nos divertimos bastante. - Sim, era mentira, mas ela não precisava saber. - Ta fazendo o que aqui princesinha?

- Fugindo um pouco do meu mundo. - Ela sorriu fraco.

E que puta sorriso que mexe comigo.

- Quer beber vinho comigo? - Eu levantei ficando do seu lado.

- Quero.

Eu levei ela até onde eu morava. Não era nada espetacular, era uma casa velha no meio da floresta.

- Só mora você aqui? - Ela olhou tudo em volta quando entramos.

- Eu e o Jorge, as outras bruxas se mandaram. - Eu peguei outra garrafa de vinho.

Eu bebi um gole generoso, e passei pra ela beber, no galão mesmo. Ela bebeu alguns goles pausadamente, e acabou escorrendo um pouco no canto da sua boca, caindo uma pequena gota no seu vestido.

Aquilo me deu uma puta vontade de tirar a roupa dela e beijar cada centímetro do seu corpo. Mas eu não fiz isso.