Capítulo 39 - EU Faço o que eu quero

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Ayia.

Eu nunca soube demonstrar quando me importava com alguém, ou até mesmo algum tipo de sentimento, nem mesmo o Jorge escapava desse meu jeito.

Mas eu sabia quando magoava alguém, e eu não me importava nem um pouco. Nem um pouco até ser com ela.

— Foi mal, mas eu não sabia que estavámos em um relacionamento. - Eu parei de ir atrás dela. — Foi uma noite, isso não coloca uma corda no meu pescoço, nem no seu.

Ela parou de andar, mas ainda ficava de costas para mim.

— E aquele papo de "Você é só minha", de que não ia me deixar casar com ninguém. — Ela se virou pra mim, mas manteve distância.

— Eu falei o que você queria ouvir. — Eu dei um suspiro, assim bebendo um gole do vinho que eu segurava. — Foi coisa de momento.

— Você é uma idiota Ayia. — Ela balançou a cabeça negativamente. — E quer saber de uma coisa, eu cansei de você.

Ela se virou e foi embora.

— Que se dane. — Eu abri um sorriso, bebendo o vinho e voltei para a taberna.

Algumas horas antes.

Eu estava entediada, como na maioria das vezes, sem ideia alguma do que fazer.

— Que merda de chatisse. — Eu estava deitada de cabeça para baixo na cama, enquanto abria a porta e fechava com meu dedo.

Eu ouvi o barulho do jorge entrando, aposto que devia estar fazendo travessuras por aí com alguém.

— É bom te ver em casa por mais tempo. — Ele entrou no meu quarto, abrindo a porta de vez. — A princesa fez milagres.

— Eu to aqui porque eu quero, ela não muda em nada no meu comportamento.

— Tabom. — Ele deu de ombros e saiu.

Eu me levantei, peguei uma garrafa de vinho na cozinha e sai.

— Eu faço o que eu quero. — Eu coloquei um lenço tampando um pouco do meu rosto para não ser reconhencida, e fui em direção ao vilarejo.

Eu fui direto para taberna, lá tinham as duas coisas que eu mais gostava, bebidas e garotas.

Eu nem vi o tempo passar quando eu estava lá, eu já tinha bebido duas garrafas, mas continuava com consciência. Eu reparei que havia uma garota me olhando a um tempo já, ela tinha os cabelos ruivos, e um belo sorriso.

Eu nem lembro sobre o que a gente tinha conversado, não parecia importante quando eu beijei ela. Eu coloquei minhas mãos sobre sua cintura e a puxei para perto.

— Ayia? — Eu reconhecia aquela voz, apesar dela estar com uma capa para não ser reconhecida, seus olhos azuis, sua pele clara, a voz doce.

Eu separei o beijo e olhei para ela.

— Ei, o nome dela é sabine. — Eu apontei para a ruiva que estava ao meu lado.

— Que? É sério isso? — Ela me olhou brava, antes de dar as costas e sair andando.

— Eu volto, talvez acompanhada, mas provavelmente sozinha. — Eu pisquei para a ruiva antes de ir atrás dela.

No fim das contas, eu continuava a Ayia que escondia os sentimentos e afastava as pessoas.

— Eu falei que voltava. — Eu voltei a beijar ela.

A princesa e a bruxaOnde histórias criam vida. Descubra agora