Capítulo 34 - Castigo

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Lis.

Quando eu entrei no "Banheiro" que Ayia havia falado, confesso que levei um baita susto.

—  Ayia, isso não chega nem perto de um banheiro. —  Eu falei em um tom alto já que ouvia os passos dela se aproximando. — Uma água escorrendo pela parede, gelada e esse chão sujo.

Eu sorri com aquilo, nunca me imaginaria assim.

—  Ah princesinha, pelo menos tem uma companhia agrádavel como a minha.

Ela piscou pra mim, e ambas sorrimos. Ela quebrou um pouco mais a parede, com o que fez aumentar a pressão da água. Eu a chamei com o dedo indicador e a mesma veio na minha direção.

— Vai ir pra casa depois? — Ela parou na minha frente.

—  Não sei, eu preciso resolver tanta coisa, fora que já devem estar atrás de mim. — Eu a olhei, querendo ou não o reino foi atacado e ela causou isso. —  Mas estou bem ocupada agora.

— Ocupada com o que boboca, só tá tomando banho. — Ela se encostou na parede.

— Talvez ocupada com isso. — Eu cheguei perto dela e a beijei, com muita intensidade.

Ela deslizou as mãos até a minha cintura.

— Você não perde tempo mesmo. —  Estávamos próximas, ambas com olhos fechados e testas coladas.

— Eu não sei quando vai enjoar de mim bruxinha.

— Eu não sou muito de me apegar nas pessoas. — Dito isso eu me afastei dela voltando para debaixo da água.

— Eu sei, já me disse isso.

— Desculpa...

Ela já tinha dito antes, que nunca tinha namorado, ou se apegado com alguém, a gente transou, mas ela já fez isso muitas vezes, talvez seja só uma coisa de momento.

— Não precisa se desculpar boba. —  Eu forçei um sorriso e voltei a olhar para ela, assim joguei água no seu rosto.

Ela me molhou também, e no fim nos beijamos novamente.

XXXXXXXX

Eu ja havia colocado minha roupa de volta, estava pronta pra aceitar as consequencias desse sumiço.

— Voltar pra vida real parece tão chato. — Disse para mim mesma, Ayia tinha ficado no banheiro ainda.

Eu suspirei.

— Mas temos que voltar. — Eu desci as escadas a procura de jorge, o encontrei na porta do castelo sentado comendo algumas maças.

— Você demorou. — Sorri me sentando ao seu lado e pegando uma maça. — Se perdeu?

— Um pouco. — Ele sorriu sem graça. — Cadê a Ayia?

— Ela está la em cima. — Eu peguei outra maça mordendo um pedaço dela.

— Você já vai voltar para o castelo? —  Ele suspirou. — Se você for aposto que a Ayia vai sair. Destesto quando ela sai.

Ele cruzou os braços irritado.

— Eu tenho que voltar, pra resolver umas coisas. — Eu deixei a maça de lado e o encarei. - Detesta porque?

— Ah, ela sempre chega bebâda, ou com alguma garota. — Ele se aproximou do meu ouvido. — Odeio ouvir aqueles gemidos.

Ah dona Ayia...

— Hm... E sempre são garotas diferentes?

— Sim, sempre estranhas, ela nunca leva as mesmas.

— Jorge, quando isso acontecer pode ir para o castelo, ai você fica comigo.

— Não precisa se preucupar, já estou acustumado. Isso é sempre de se esperar da Ayia.

Ayia apareceu depois, ela estava arrumada já.

— Vamos Jorge. Eu tenho algumas coisas pra fazer.

Eu e Jorge nos levantamos, fomos os três juntos até o vilarejo, eles ficaram na floresta, eu fui acudida por muitos guardas, que me levaram até o castelo. Eu inventei uma hístoria sem nexo para meu pai e pra Ruth, e no fim eu fiquei de castigo.



A princesa e a bruxaOnde histórias criam vida. Descubra agora